Opinião

Um cenário mais otimista

Atualizada em 11/10/2022 às 12h15

Pelo que foi visto nas últimas horas no comércio de São Luís, notadamente na Rua Grande – principal reduto lojista popular da capital – o maranhense já respira novos ares com a flexibilização de medidas contra a Covid-19. É a volta à normalidade, embora infectologistas estimem que é necessário que ao menos 70% da população esteja com o esquema vacinal completo para conferir uma imunidade coletiva, ou imunidade de rebanho.

O retorno às atividades de lazer, por exemplo, também são amplamente notadas com o aumento de público em bares e restaurantes da Litorânea e em outros estabelecimentos espalhados pela cidade. Isso traz otimismo para os empresários do setor, que amargaram sérios prejuízos financeiros com as medidas restritivas impostas pelo coronavírus.

A vacinação demonstra que se tornou eficaz contra a Covid- 19, capaz de reduzir os desfechos, principalmente mais graves de mortalidade e hospitalizações por um tempo sustentável com duas doses. Uma dose só, sem dúvida, não dá a sustentação da proteção prometida pelos estudos. No Maranhão, leitos de UTIs já estão sendo desativados com a queda na taxa de internações.

Dados do Ministério da Saúde revelam que o Brasil tem cerca de 70 milhões de pessoas vacinadas com a primeira dose da vacina contra a Covid-19 — o que dá em torno de um terço da população. Cerca de 25 milhões de pessoas já tomaram também a segunda dose, pouco mais de 11% dos brasileiros.

No primeiro semestre o país recebeu poucas doses dos imunizantes, o que prejudicou o andamento do processo de imunização da população. Já o segundo semestre promete uma aceleração na velocidade de vacinação, com uma quantidade maior de doses distribuídas.

Caso o ritmo atual de vacinação se mantenha, o país alcançará a meta de imunizar 90% de seus 160 milhões de adultos, desejável para alcançar com segurança a imunidade coletiva, apenas no primeiro trimestre de 2022.

Na última quarta-feira, 21, o Ministério da Saúde anunciou que aumentou para 63,3 milhões a previsão de doses de vacinas contra a Covid-19 que devem ser entregues em agosto pelos laboratórios contratados. A previsão anterior era de 60,5 milhões de unidades. Os imunizantes, que serão incluídos no Programa Nacional de Imunização (PNI) e distribuídos para os estados e Distrito Federal, deverão ajudar a acelerar a vacinação.

Um estudo divulgado ontem na revista científica New England Journal of Medicine revela que as vacinas contra a Covid-19 da Pfizer-BioNTech e de Oxford-AstraZeneca oferecem boa proteção contra a variante Delta após a aplicação da segunda dose, revelou. Os resultados mostraram que após as duas injeções, a eficácia do imunizante da Pfizer foi de 88% contra casos sintomáticos e a do fármaco de Oxford, 67%. O número de casos e o tempo de acompanhamento não foram suficientes para estimar a eficiência contra hospitalização e óbito. O Brasil utiliza as duas vacinas citadas no estudo.

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