Volta das festas

Produtores se preparam para volta de eventos com mais de 200 pessoas

Em meio a incertezas e adaptações ao novo cenário, alguns produtores preferem esperar até a próxima semana; em São Luís, cerca de 15 mil profissionais ligados a eventos poderão voltar ao trabalho

Bárbara Lauria / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h15
Espaços para festas maiores estão sendo preparados para a volta, após liberação do governo
Espaços para festas maiores estão sendo preparados para a volta, após liberação do governo (espaço para festa)

São Luís – Com a liberação do governo do Maranhão na última terça-feira, 20, de eventos em ambientes Com a liberação do governo do Maranhão na última terça-feira (20), de eventos em ambientes fechados com até 200 pessoas e a realização de festas em locais abertos e ventilados para até 400 pessoas, produtores e profissionais do meio do entretenimento começam a se organizar e adaptar para retornar às atividades, que estavam suspensas há mais de cinco meses. De acordo com dados de trabalhos informais, são cerca de 15 mil profissionais que vão poder voltar ao trabalho na área do entretenimento.

Fabíola Honorato, dona de casa de eventos e pub na Ilha de São Luís já retorna com as atividades neste fim de semana, e conta que está com grande expectativa para a volta dos eventos, seguindo todos os cuidados indicados. “Foram meses com os eventos suspensos. O sentimento hoje, é de gratidão por ter a casa aberta e o fato de sabermos que nossos colaboradores vão poder trabalhar novamente também, gera uma felicidade muito grande, foram meses difíceis para todos nós”, conta.

Seguindo os protocolos indicados pelo governo, o espaço já está sendo montado para passar pelas adaptações e higienizações, para que os eventos sejam realizados com segurança. “Estamos adotando todas as medidas necessárias, para voltar com segurança, a nossa maior preocupação nesse momento é voltar, mas, voltar com cautela. Estamos realizando toda higienização e sanitização da casa, uso obrigatório de máscara, disponibilização de álcool em gel, além de nos adaptarmos a todas as recomendações dos órgãos competentes”.

Esperar
Contudo, ainda há aqueles produtores que preferiram esperar mais uma semana para adaptar melhor o espaço e ter certeza que o ambiente será seguro para àqueles que vão. Esse é o caso de Ricardo Fernandes. Na última semana, seu espaço, localizado no Centro Histórico, que conta com área aberta e fechada, passou por um pequeno evento, seguindo as orientações e autorizações do Governo na ocasião, apenas com pessoas convidadas, como um modelo teste para as novas medidas. E agora, com a volta do público maior, o produtor optou para realizar o evento apenas na próxima semana.

“Fizemos esse primeiro teste com poucas pessoas, seguindo as regras do governo, e percebemos que o ideal é a realização de eventos a cada 15 dias, para que a adaptação seja feita de forma correta. Hoje, estamos cercando o palco, criando bangalôs separados e vamos utilizar apenas a área aberta. Além disso, os ingressos serão vendidos antecipados, para evitar aglomeração na porta e manter o limite determinado de pessoas”, relata.

Assim como Ricardo Fernandes, Pedro Cordeiro, também produtor, decidiu que o ideal seria esperar mais uma semana para começar a programar o evento. “Como as medidas vão até a próxima semana, estamos caminhando junto com o governo na questão de averiguar os casos. Preciso de uma média de 2 a 3 semanas para colocar um evento em prática, então, como o governo está ‘em teste’ com essas novas medidas de liberação, estamos aguardando um prazo maior para ter mais confiança”, relata.

O público quer festa
Rivandré Basileu, com mais de 10 anos trabalhando em produções, está organizando uma festa, já conhecida em São Luís, para o início de outubro. Ele conta que além de precisar desse tempo maior, também optou por receber um público menor que o liberado, para garantir a segurança. “Optamos por trabalhar com apenas 100 pessoas, por achar que será mais fácil controlar a população. Todos os ingressos já foram vendidos, mesmo sendo apenas no próximo mês. A população está sedenta e sentindo falta de festas. Então, além de reduzir o público, vamos exigir o uso de máscara na pista de dança, ela só pode ser retirada na mesa, durante consumo”.

O produtor ainda relatou o risco de hostilidade das pessoas durante os eventos. “Como estamos há muito tempo sem festas, as pessoas estão mais ansiosas e nem todos compreendem quando pedimos para manter o uso de máscara, separar as mesas, elas bebem e não querem ir embora, então precisamos ter esse controle”.

Ricardo Fernandes também relata que o aumento da procura do público tem sido uma de suas preocupações. “As pessoas estão há muito tempo sem sair e tem poucos lugares funcionando, então é importantes pensarmos em formas de evitar o descontrole. Uma das maneiras que eu encontrei foi vender os ingressos antecipadamente, assim evita que mais pessoas entrem e que tenha rotatividade de gente na porta”, conta.

SAIBA MAIS

Aglomeração

O último fim de semana foi mais uma vez marcado por aglomerações em vários locais da Grande Ilha, principalmente, na orla. O desrespeito às normas sanitárias puderam ser vistos na Avenida Litorânea. Houve aglomerações de pessoas no calçadão, sem usar a máscara. Inclusive idosos, fazendo caminhada sem essa proteção no rosto, como também havia bares lotados, pessoas jogando futebol na faixa de areia, realizando festas e comercializando drinques. O cenário era semelhante nas outras praias da Ilha. A SES informou, por meio de nota, que, de 16 a 18 de julho foram realizadas 98 ações de fiscalização sanitária, com nove estabelecimentos notificados. Destes, quatro receberam auto de infração, três receberam intimação e dois foram interditados. As irregularidades mais recorrentes foram aglomerações de pessoas no interior do estabelecimento.

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