Covid-19

Com demanda menor por internação, SES vai desativar hospital de campanha

Como os números de contaminação e também de óbitos pelo novo coronavírus está em queda do estado, governo estadual iniciou desativação de leitos exclusivos para a Covid

Gilberto Léda/Editoria de Política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h15
Depois de redução de casos da Covid-19 no estado, governo estadual começou a fechar leitos exclusivos da Covid
Depois de redução de casos da Covid-19 no estado, governo estadual começou a fechar leitos exclusivos da Covid (Leitos de UTI)

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) do Maranhão confirmou nesta semana, ainda internamente, que vai desativar o hospital de campanha para pacientes com Covid-19 instalado no Espaço Renascença, em São Luís.

A informação consta de ofício datado do dia 9 de julho e encaminhado pela coordenadora do Departamento de Alta Complexidade da SES, Hivena Lima, ao presidente da Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares (Emserh), Marcos Grande.

Segundo ela, a medida está em linha com a “diminuição vertiginosa dos casos de internação por Covid-19” na unidade.

“Possuímos, dentro da grande ilha unidades e saúde suficientes para atender a população maranhense que venha à procura de atendimento”, destacou, no documento ao qual O Estado teve acesso.

O hospital de campanha foi aberto pelo governador Flávio Dino (PSB) no dia 31 de março, e oferecia 60 leitos exclusivos para pacientes com novo coronavírus, sendo 10 de UTI. O prazo máximo para desmobilização da estrutura, ainda de acordo com o ofício interno, é 31 de julho.

Menos leitos

O fechamento da unidade está em linha com a postura do governo estadual diante do novo panorama da pandemia no Maranhão.

Reportagem de ontem do jornal O Estado apontou o fechamento de 180 leitos de Covid-19 em todo o estado desde o início do mês.

A Região Metropolitana de São Luís foi a mais afetada. Foram fechados, desde o dia 9 de julho, 62 leitos clínicos, e outros 20 de Unidade Terapia Intensiva (UTI).

Mas o interior também teve reduzido o número de unidades. Em Imperatriz, segunda maior cidade do Maranhão foram fechados 20 leitos clínicos. Nas demais regiões, há hoje 46 leitos clínicos a menos, e 32 de UTI.

Em entrevista coletiva na terça-feira, 20, o governador Flávio Dino (PSB) justificou a medida. Segundo ele, o leitos exclusivos para pacientes com Covid-19 foram destinados para outras finalidades em virtude da queda nas taxas de ocupação em todo o estado.

"A taxa de ocupação de leitos segue em declínio, permitindo, inclusive, a retomada de estruturas hospitalares para cirurgias eletivas, com a destinação de leitos que antes eram exclusivamente Covid para outras finalidades que pressionam nosso sistema de saúde”, disse.

O socialista acrescentou que, mesmo com a redução recente de unidades, a taxa percentual de ocupação segue em queda.

"Apesar de redimensionamento, essa redistribuição de leitos entre leitos exclusivos para coronavirus e leitos com outras finalidades, no que se refere a leitos para coronavirus, nós seguimos uma tendência de declínio”, completou.

Apesar disso, o próprio governador reconhece que a situação atual, embora inspire “moderado otimismo”, ainda requer acompanhamento dos dados epidemiológicos, para evitar novo recrudescimento da pandemia no estado.

"Não há, hoje, no mundo, alguém que possa ter certeza de 100% de que essas tendências vão se confirmar, não há alguém que consiga afirmar que as tendências são estas de modo inexorável. Nós estamos vendo países do mundo enfrentando novas dificuldades, com novas variantes, então, eu faço questão de fazer essas entrevistas coletivas com frequência exatamente porque a avaliação é feita semana a semana”, destacou.

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