São Luís - O Itaú Cultural divulgou o resultado da pesquisa, realizada em parceria com o Instituto Datafolha, sobre o consumo cultural dos brasileiros durante a pandemia do novo coronavírus e sobre as perspectivas de retorno às atividades presenciais. Os dados foram divulgados durante uma coletiva on-line, realizada na manhã de hoje (22), pela plataforma Zoom. Os números foram repassados por Marlene Treuk, gerente de pesquisa e mercado do Datafolha.

O trabalho minucioso enfocou vários aspectos relativos à mudança de comportamento das pessoas no que diz respeito ao consumo cultural, comparando os anos de 2020 e 2021. Toda a análise está relacionada aos hábitos adquiridos pelos brasileiros durante os meses de isolamento social, em que precisaram se fechar em suas residências para não contrair a Covid-19.

Foi constatado, por exemplo, que o consumo de atividades on-line teve um aumento de 40% este ano, contra 20% no ano passado. A pesquisa incluiu o dispositivo reprodutor de áudio conhecido como Podcast, cujo consumo passou de 24% em 2020 para 39% este ano, o que revela a tendência de popularidade desse tipo de mídia.

Webnários

As maiores quedas, conforme a pesquisa, referem-se aos webnários (seminário ou apresentação com fins didáticos realizado pela Internet para um grupo de pessoas), ou seja, de 30% para 23%, e aos museus, de 16% no ano passado para 11% este ano.

A adesão a atividades como teatro, dança e música oferecidas via internet também aumentou. A pesquisa apurou que 9% dos entrevistados praticavam no ano passado. No entanto, esse número pulou para 40% em 2021.

Futuro

A pesquisa do Itaú Cultural em parceria com o Datafolha também verificou o índice de intenção com relação ao consumo de atividades artísticas via internet no futuro. Nesse contexto, o menor índice está relacionado a itens como exposições e museus: 11% dos entrevistados.

Segundo o diretor do Itaú Cultural, Eduardo Saron, que participou da coletiva, ficou claro na pesquisa o desejo das pessoas de continuarem consumindo atividades culturais na forma virtual. “E esse é o desafio de toda a produção cultural brasileira, ou seja, continuar oferecendo esses conteúdos virtuais com qualidade”, disse.

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