Ritos fúnebres

Igrejas percebem queda na demanda por missas de 7º dia

Com o processo de vacinação acelerado na capital e a queda do número de óbitos por Covid-19, celebrações fúnebres estão sendo realizadas com menor frequência

Evandro Júnior / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h15
Com bom andamento da vacinação no estado, ritos fúnebres diminuíram
Com bom andamento da vacinação no estado, ritos fúnebres diminuíram (igreja)

São Luís - Com a redução do número de óbitos por Covid-19, as igrejas de São Luís começam a perceber uma queda em relação às missas de Sétimo Dia e demais ritos fúnebres. O cenário vem sendo observado há dois meses, prova de que o processo de vacinação tem dado resultados positivos. Ontem, o padre Roney Rocha, pároco da Catedral Metropolitana de São Luís, contou que as listas de falecidos, lidas durante as missas de Sétimo Dia, realizadas na Igreja da Sé, tiveram uma redução significativa.

“As missas de Sétimo Dia continuam sendo realizadas, claro, mas não correspondem a pessoas falecidas vítimas da Covid-19. É um cenário que temos observado e que começou há uns dois meses”, disse o religioso.

Segundo o padre Jadson Borba, coordenador da Ação Evangelizadora da Arquidiocese de São Luís, as listas eram lotadas, no auge da pandemia, e passaram a ser realizadas virtualmente. “As missas se mostraram mais importantes do que nunca, pois as famílias não tinham a oportunidade de velar os corpos de seus entes queridos, pois não tinham acesso aos cemitérios e nem os caixões poderiam ser abertos. Foi muito doloroso para todos nós e essas celebrações ajudam a fechar um ciclo dentro desse processo de morte”.

Presenciais
As celebrações diárias nas igrejas seguem presenciais e, agora, conforme o decreto governamental vigente, com 70% de sua capacidade. As listas com nomes de fiéis que desejam assistir às missas continuam apenas em algumas paróquias. Na maioria, a consciência das famílias que se dirigem às igrejas prevalece.

A redução de óbitos por Covid-19 foi percebida, também, em empreendimentos funerários. Conforme a presidente do Sindicato das Empresas Funerárias de São Luís, Darlene Gonçalves, a demanda por caixões caiu bastante, embora ela não tenha informado o percentual. “No começo, foi muito difícil para as famílias e o trabalho redobrou nas empresas funerárias. As fábricas de urnas funerárias chegaram a ter problemas na produção. Agora, no entanto, a procura vem caindo muito e tende a se estabilizar”, disse.

SAIBA MAIS

Óbitos e casos

Conforme o boletim emitido pela Secretaria de Estado da Saúde na segunda-feira, o Maranhão contabilizava 12 óbitos nas últimas 24 horas e 317 casos de pessoas infectadas, sendo 92 em São Luís, duas em Imperatriz e 223 nos demais municípios. A taxa de letalidade está em 2,85%.

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