Opinião

Aglomerações voltaram

Atualizada em 11/10/2022 às 12h16

Com regras mais brandas, aglomerações se multiplicam em capitais do país e São Luís não é exceção, embora a vacinação esteja avançada na capital maranhense. Levantamentos apontam que no Brasil, até agora, somente pouco mais de 20% da população com mais de 18 anos está totalmente imunizada. É um momento ainda muito delicado e a população precisa agir com muita cautela, já que acendeu um alerta diante do aumento de casos registrados da variante delta do coronavírus pelo país.

Aproveitando os índices melhores da pandemia de Covid-19, muita gente aproveitou o último final de semana para relaxar frequentando bares, restaurantes na companhia de familiares e amigos. Na grande maioria desses estabelecimentos, o movimento foi intenso com aglomerações. Por isso, a reabertura dos espaços e atividades gera preocupação, considerando também a possibilidade de crescimento nas internações por outros motivos que não a Covid-19, como traumas em acidentes de trânsito. Devido a falhas no planejamento do combate à pandemia, é difícil ter noção real da expansão atual da cepa no país. Até hoje, o Brasil não tem um programa de testagem efetivo.

Os casos europeu e israelense servem de alerta para as discussões e ações no Brasil. Em Israel, por exemplo, a situação também preocupa. Com mais de 60% da população totalmente vacinada, o país viu as infecções crescerem de poucos casos para algumas centenas e precisou reintroduzir medidas de proteção.

Quanto às medidas restritivas, independentemente da cepa do vírus ou linhagem, as medidas de prevenção e métodos de diagnóstico e tratamento da Covid-19 devem ser mantidas, segundo infectologistas. Sendo assim, não há alteração nas medidas sanitárias já adotadas, como uso de máscaras e álcool em gel, lavagem das mãos e distanciamento social. Além disso, é importante que São Luís e municípios continuem avançando no processo de vacinação contra a Covid-19 e que a população retorne para receber a segunda dose. Estudos mostram que todas as vacinas disponíveis no Brasil são eficazes contra as variantes identificadas até o momento.

E avança a iniciativa do governo brasileiro de realizar a terceira dose de imunização. Ontem, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a realização de um estudo para avaliar a segurança e a eficácia da vacina AstraZeneca contra a Covid-19. A agência também deu aval a uma pesquisa para avaliar a eficácia do medicamento proxalutamida contra o novo coronavírus.

A Anvisa diz que o estudo da terceira dose da AstraZeneca ocorrerá apenas no Brasil, com 10 mil voluntários em cinco estados, com participantes do estudo inicial da vacina. A terceira dose será aplicada entre 11 e 13 meses após a segunda dose. Serão incluídos voluntários entre 18 e 55 anos, que estejam altamente expostos à Covid-19, como profissionais de saúde. Gestantes ou pessoas com comorbidade.

Já o estudo da proxalutamida será realizado, além do Brasil, em outros seis países: Alemanha, Argentina, África do Sul, Estados Unidos, México e Ucrânia. No Brasil serão 50 voluntários, sendo 38 em São Paulo e 12 em Roraima. O estudo é patrocinado pela empresa Suzhou Kintor Pharmaceuticals, sediada na China. A Anvisa não divulgou o número total de voluntários.

Mais de 41% dos brasileiros já receberam ao menos uma dose e 15% estão totalmente imunizados. Na atual logística, em média 1,3 milhão de pessoas por dia podem receber aplicações no país. Em julho, o ritmo aumentou 30% em comparação com o mês anterior. Acelerar a imunização é o mais importante para evitar que os casos e mortes pela doença voltem a subir. Lembrando que o Brasil completou no fim de semana seis meses da campanha de vacinação contra a Covid-19. Nesse período, foram feitas mais de 122,7 milhões de aplicações, entre primeira, segunda e dose única.


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