Coronavírus

Aglomerações marcam mais uma vez fim de semana na Ilha

Desrespeitos às normas sanitárias contra a Covid-19 foram constados em São Luís, principalmente na orla, com ocorrências de festas e pessoas sem usar máscara

Ismael Araújo / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h16
Fim de semana teve festas e aglomerações, principalmente na praia
Fim de semana teve festas e aglomerações, principalmente na praia

São Luís - A palavra de ordem continua sendo isolamento social em razão da pandemia da Covid-19, mas o que se observa na Ilha de São Luís é o clima de “liberou geral”. No último fim de semana, mais uma vez foi marcado por aglomerações em vários pontos da Grande Ilha, principalmente na orla. Os dados mais recentes da Secretaria de Estado da Saúde (SES) mostram 330.768 casos confirmados do novo coronavírus em todo o estado e 9.443 óbitos, devido as complicações dessa enfermidade.

Os desrespeitos às normas sanitárias puderam ser vistos na Avenida Litorânea, na manhã de domingo, 18, com aglomerações de pessoas no calçadão, sem usar a máscara. Inclusive idosos, fazendo caminhada sem essa proteção no rosto. No decorrer da tarde e noite também houve registro de vários pontos de aglomerações nessa área. Bares lotados, pessoas jogando futebol na faixa de areia, realizando festas e comercializando drinques.

Cenário semelhante já havia sido constatado no sábado, 17, também na Litorânea. Nesse dia, na praia da Ponta d’Areia, várias pessoas, além de estarem ocasionando aglomeração no calçadão, jogavam futebol na faixa de areia. Muitos expectadores estavam aglomerados e a maioria não usava máscara no rosto. A cada gol, abraços e outros contatos eram observados, que proporcionam a proliferação da Covid-19.

Na noite de sexta-feira, 16, e madrugada de sábado, 17, em um trecho da praia do Araçagi, em São José de Ribamar, foi realizada uma festa privada, que atraiu centenas de pessoas. A maioria era jovem, que até o momento tomou apenas a primeira dose do imunizante contra a Covid-19.

Nesse evento, os participantes estavam aglomerados e 90% do público não utilizava a máscara no rosto. Havia muitos grupos de pessoas, em rodinhas, dançando e se abraçando, sem qualquer respeito do distanciamento social.

Fiscalização
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) informou ontem, por meio de nota, que, de 16 a 18 de julho foram realizadas 98 ações de fiscalização sanitária, com nove estabelecimentos notificados. Destes, quatro receberam auto de infração, três receberam intimação e dois foram interditados. As irregularidades mais recorrentes foram aglomerações de pessoas no interior do estabelecimento.

A SES também infirmou que foram constatados o descumprimento do horário permitido para funcionamento, não uso de máscara, ausência de itens de controle e higienização, além de ausência de cartaz de instrução no enfrentamento a Covid-19. A fiscalização está sendo realizada por técnicos da Vigilância Sanitária Estadual, com apoio da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros do Maranhão e Procon.

Desde o início da pandemia já foram executadas pela SES mais de 12 mil ações de fiscalização na Grande Ilha. Na lista de empreendimentos mais abordados estão: moda com 2.193 fiscalizações realizadas; bares e restaurantes, com 2.050; e supermercados, com 1.377. O decreto estadual em vigor desde o último dia 6 permite festas, shows, bailes, aniversários outras comemorações com até 150 pessoas. O tempo de duração dos eventos também foi ampliado para até meia-noite.

Aglomeração durante o dia na praia
Aglomeração durante o dia na praia

SAIBA MAIS

Variante Gamma

A SES, por meio do Laboratório Central de Saúde Pública do Maranhão (Lacen-MA), tem realizado constantemente o mapeamento da prevalência de novas variantes do SARS-CoV-2 no Maranhão. Em estudo mais recente, resultados de amostras analisadas pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), do Rio de Janeiro, indicam predominância de 91% no estado da Variante Gamma, antes denominada de P.1 e foi identificada inicialmente em Manaus.

Desde de dezembro do ano passado até abril deste ano percebe-se que houve uma redução do número de variantes circulantes em todo o país. No Maranhão, a Gamma é a principal responsável pelos novos casos e pelas duas ondas da Covid-19, em 2021, por sua alta transmissibilidade. A preocupação no cenário nacional continua sendo a variante Delta, identificada inicialmente na Índia. O estudo realizado mostra que não há registro desta variante no Maranhão.

O diretor do Lacen-MA, Lídio Gonçalves, disse que o mapeamento é importante para acompanharmos a evolução da pandemia no estado. “Através do estudo podemos reiterar, por exemplo, a importância da vacinação com as duas doses para aumentar a proteção contra a doença, já que o esquema vacinal completo contra Covid-19 amplia as taxas de efetividade da vacina, que até agora tem se mostrado eficaz contra as variantes em circulação”, explicou Lídio Gonçalves.

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