Internações por Covid

São Luís é uma das capitais com ocupação de UTIs acima de 80%

Conforme boletim da última Semana Epidemiológica, apesar de o Maranhão mostrar queda na ocupação dos leitos de UTI, São Luís tem mais de 80% de ocupação

Atualizada em 11/10/2022 às 12h16
Situação da ocupação de leitos de UTI em São Luís ainda não é boa, apesar de o estado já ter conseguido obter queda
Situação da ocupação de leitos de UTI em São Luís ainda não é boa, apesar de o estado já ter conseguido obter queda (leito UTI)

São Luís – Dados da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) referente a última Semana Epidemiológica, de 4 a 10 de julho, mostram que São Luís é uma das quatro capitais brasileiras com ocupação acima de 80% nos leitos de UTI. Os dados são referentes aos leitos disponibilizados pelo município, que no total são 120 destinados a pacientes contaminados pelo vírus, sendo 80 clínicos e 40 de UTI. Na última quinta-feira, 15, de acordo com os dados disponibilizados pela Secretaria Municipal de Saúde (Semus), a ocupação já era 92,5%.

Uma das causas da alta taxa de ocupação em leitos de UTIs é o tempo prolongado que o paciente normalmente precisa passar internado. De acordo com a Semus, nos leitos de UTI, o tempo médio depende do estado de saúde em que este paciente é recebido pela rede de atendimento; porém em média, o (a) paciente permanece de 7 a 14 dias em unidade complexa como a UTI. Geralmente, os pacientes ainda precisam de 5 a 7 dias de suporte na unidade ventilatória específica após saída da UTI.

Em nota a O Estado, a Prefeitura de São Luís informou que “por meio de comitê específico na pasta e com base nos dados de ocupação atual e nas informações acerca do avanço da vacinação na capital e número diário de infectados, analisa constantemente a inclusão de novos leitos para o combate da Covid-19 na capital”.

Contudo, apesar da alta ocupação na capital maranhense, o Estado, de acordo com a Fiocruz, tem apresentado uma queda nas ocupações dos leitos. De acordo com a comparação entre as duas últimas Semanas Epidemiológicas, o Maranhão passou de 75% de ocupação para 68%.

“Esta semana, pela primeira vez desde o começo do ano, nós saímos da linha vermelha da taxa de ocupação dos leitos de UTI. Aqui em São Luís, a ocupação foi de 81% e 79% nesta semana. Em todo o Estado, a taxa de ocupação tanto dos leitos clínicos, quanto os de UTI, está abaixo de 70%, com exceção de São Luís. Isso mesmo tendo sido desativados mais de 20 leitos de UTI e 62 leitos clínicos na capital”, explicou o epidemiologista Antônio Augusto Moura em relação aos leitos das redes estaduais.

Conforme mostra o boletim da Fiocruz, em menos de um mês, a taxa de ocupação dos letos de UTI, que em 21 de junho ainda apresentava sinais de alerta crítico, agora passou para a faixa amarela, que é considerado alerta médio. Na última quinta-feira, 15, de acordo com a Secretária de Estado da Saúde (SES), os leitos da rede estadual de UTI da Grande Ilha, apresentaram ocupação de 77,61%. Já em Imperatriz, a ocupação é de 45,83%, enquanto nas demais regiões é de 55,45%.

Vacinação e contaminação
Mesmo sendo a capital com a vacinação mais acelerada do Brasil, especialistas alertam para a importância de manter os cuidados mesmo após a vacina. Em boletim, epidemiologistas ressaltam: “É importante destacar que as vacinas disponíveis apresentam limites em relação ao bloqueio da transmissão do vírus, que continua circulando com intensidade. As vacinas são especialmente efetivas na prevenção de casos graves. A preocupação com possibilidade de surgimento de variantes com potencial de reduzir a efetividade das vacinas disponíveis é pertinente e não pode ser perdida de vista”.

Em entrevista ao jornalista Clovis Cabalau, o secretário de saúde do Maranhão, Carlos Lula, lembra que a vacina pode minimizar casos graves, mas que ainda há a contaminação, e por isso é importante o apoio da população.

“A gente está caminhando nesse sentido. A gente tem uma diminuição no número de casos, no número de internações. A gente está transformando os leitos de Covid-19 em outros tipos de leitos. Já são 180 leitos no estado que passou pela transformação, mas a gente ainda está longe de contornar a pandemia. Por isso eu tenho pedido muito a ajuda da população, pois a pandemia se controla, não é com atitude do Governo, é, sobretudo, com a atitude da população”, destacou o secretário.

SAIBA MAIS

Perfil dos internados

Com base nos dados das unidades que recebem neste momento pacientes com a Covid-19 para suporte mais complexo que, em média:

  • Mais de 53% são do sexo masculino;
  • 47% são do feminino;
  • Pessoas acima dos 50 anos de idade são os que compõem a maior parte do perfil de pacientes, em especial, para tratamento de UTI.

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