Artigo

Aposenta-se o professor; o reitor continua

Marcos Fábio Belo Matos *

Atualizada em 11/10/2022 às 12h16

No último dia 28 de junho, o professor Natalino Salgado deu entrada no seu processo de aposentadoria. Aposenta-se como professor, depois de 42 anos de dedicação à UFMA, no Curso de Medicina. Deixa como legado uma trajetória em prol da ciência, das inovações no campo da nefrologia, da luta pela criação do hospital universitário, do fortalecimento da pós-graduação e da formação de milhares de novos médicos que passaram pelos bancos e laboratórios da universidade.

O gestor Natalino, porém, continua sua trajetória até 2023, quando finda seu mandato, delegado pela comunidade em consulta pública e, depois, pelos membros do Conselho Superior da UFMA. Um processo que demonstrou a confiança de docentes, discentes e técnicos administrativos no trabalho sério e competente de um reitor que transformou e continua revolucionando a instituição.

A universidade decidiu, de forma livre e soberana, que o trabalho deveria continuar. Por isso, como gestor, o reitor Natalino tem ainda que empreender diversas ações com as quais se comprometeu, durante sua campanha, em junho de 2019, quando abraçou o movimento Pacto pela UFMA. Ele assumiu o compromisso de lutar pela ampliação, na universidade, da transparência, da inovação, da integração de todos os câmpus, da estruturação das unidades, da pós-graduação, da assistência estudantil, da extensão, dos cursos de graduação, da educação a distância e de tantas outras áreas, fundamentais para a dinâmica institucional.

E vem fazendo, a cada dia, uma nova ação, transformando discursos em práticas – da mudança de uma parede à introdução um sistema informatizado de gestão (como foi o SEI); da implantação de um novo curso ao estabelecimento de reuniões com a presença de todos os diretores de todos os câmpus (numa integração da gestão possibilitada pela tecnologia); da conquista de novos equipamentos para a TV Ufma à entrega de chips e tablets para alunos terem conectividade e poderem estar nas aulas remotas.

Quando a pandemia nos alcançou, sem aviso prévio nem nada, o conhecimento da área de saúde pública e a destreza gerencial do reitor fez com que a universidade suspendesse o semestre acadêmico e as atividades administrativas presenciais. E, num movimento posterior, foi criando normativas e adaptando a UFMA para os tempos que viriam, instaurando o ensino híbrido, na graduação e na pós-graduação, estabelecendo colações de grau remotas, permitindo formações antecipadas, sobretudo na área da saúde, atendendo às demandas docentes por capacitação e discentes pela conectividade, abrindo ações de cultura e extensão. E discutindo essas ações todas com sua equipe de gestores, com o Comitê Operativo que criou para assessorar nas tomadas de decisão sobre a Covid, com os conselhos superiores.

Natalino já fez muito pela Ufma, nesses quase vinte anos em que é gestor (juntando-se o tempo de diretor do HU e as reitorias) e ainda tem muito a fazer, em seu terceiro reitorado. Muitas ações ainda o esperam. Ele tem consciência disso e estimula e cobra da sua equipe os resultados que prometeu entregar à comunidade que lhe confiou mais um mandato à frente da reitoria.

Quando terminar sua missão de reitor, em 2023, vai poder sair de cabeça erguida, sensação de dever cumprido e alma satisfeita por ter conseguido transformar a nossa universidade em uma universidade bem melhor. Bem melhor e bem mais inclusiva e voltada para as boas práticas – no ensino, na pesquisa, na extensão e na gestão.

* Jornalista, professor, escritor, vice-reitor e diretor de comunicação da UFMA

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