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Pacheco prorroga hoje prazo da CPI da Pandemia

Previsão é de que o presidente do Senado leia o requerimento pedindo a prorrogação por 90 dias

Atualizada em 11/10/2022 às 12h16
Pacheco deve ler requerimento para prorrogar a CPI da Pandemia
Pacheco deve ler requerimento para prorrogar a CPI da Pandemia (Rodrigo Pacheco)

Brasília - O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), vai garantir o ato para prorrogar o funcionamento da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid. A informação foi dada pelo presidente do colegiado, Omar Aziz (PSD-AM), que conversou com o chefe do Legislativo.
Pacheco deve ler o requerimento que garante a prorrogação hoje. Com isso, a CPI terá mais 90 dias de funcionamento e deve conduzir as investigações pelo menos até o fim de outubro - a contagem do prazo ainda depende do recesso formal no Congresso.
A prorrogação representa uma derrota para o presidente Jair Bolsonaro e aumenta o desgaste do Palácio do Planalto. A comissão investiga um suposto esquema de corrupção envolvendo a compra de vacinas e já emitiu sinais de que deve apontar responsabilidade direta de Bolsonaro.Os senadores acusam o presidente de ter cometido crime de prevaricação ao não determinar a investigação da compra da vacina Covaxin, versão negada por aliados.
O prazo de funcionamento da CPI acabaria no dia 7 de agosto. Se não houver recesso formal no Congresso, porém, a comissão precisaria adiantar o término dos trabalhos para o dia 25 de julho. Com a prorrogação, o prazo será estendido até o fim de outubro.
“O presidente Rodrigo Pacheco, ontem (segunda, 12), ao telefone comigo, à noite, disse que amanhã (hoje) prorrogará a CPI, mas teremos uma reunião com ele, até porque nós temos algumas coisas para encaminhar agora no recesso que dependem da decisão do presidente Rodrigo Pacheco”, disse Omar Aziz.

Investigação
Durante o recesso, os senadores querem continuar na investigação analisando documentos e realizando reuniões internas. Pacheco vem sendo pressionado a autorizar a prorrogação da CPI por 90 dias desde o mês passado, mas insistia em tomar a decisão apenas no fim do prazo inicial.
Para que o prazo seja prorrogado, o presidente do Senado precisa ler no plenário o requerimento assinado por senadores que solicitam a extensão do período de funcionamento. Pacheco garantiu a interlocutores que, mantido o mínimo de 27 assinaturas no pedido, fará a leitura na sessão da Casa.
O presidente do Senado acumulou insatisfações com os membros das comissões. Além de se negar a prorrogar a CPI antecipadamente, Pacheco não deu o apoio esperado pelo presidente da comissão após o ministro da Defesa, Braga Netto, e os comandantes das Forças Armadas assinarem uma carta de repúdio a Omar Aziz, que comanda o colegiado de investigação. Nos bastidores, Pacheco tem feito críticas ao uso da comissão como palanque eleitoral contra e a favor do governo. l

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