Sem antecipação

Maranhão não autorizou antecipação de 2ª dose da vacina AstraZeneca

Governo maranhense nega que estudo que apontou possibilidade da antecipação das doses da vacina, embora o Estadão tenha informado que haveria orientação para os municípios aplicarem

Thiago Bastos/Editoria de Política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h16
Governador Flávio Dino falou sobre antecipação de doses semana passada
Governador Flávio Dino falou sobre antecipação de doses semana passada (Flávio Dino)

O Maranhão nega qualquer autorização para que municípios antecipem de forma autônoma as doses da vacina AstraZeneca, contra a Covid-19. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES), por enquanto, nem mesmo há um estudo acerca desta orientação.

A informação foi divulgada no dia 8 deste mês pelo Estadão. Segundo a reportagem, além do Maranhão, outros estados como Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Pernambuco e Santa Catarina também teriam orientado cidades para executarem a medida. A antecipação, de acordo com a matéria, reduziria de 12 para 8 semanas o intervalo entre as doses.

Além destes estados, de acordo com o portal G1, Acre, Tocantins e Piauí também teriam antecipado o prazo das doses.

O objetivo da orientação seria, ainda segundo a reportagem, evitar desperdícios de lotes de vacinas supostamente recebidas por estados com prazos de validade próximos de expirarem. Outra razão é o temor com a variante Delta, registrada segundo cientistas no país, inclusive no Maranhão.

Até o fechamento desta reportagem, o Maranhão contabilizava 4.272.380 doses recebidas desde o início da campanha.

Deste total, ainda segundo dados da SES, 56,2% das vacinas são AstraZeneca. De acordo com a atual preconização do Ministério da Saúde (MS), via Programa Nacional de Imunização, estima-se um intervalo de 12 semanas entre uma e outra dose deste imunizante.

Em nota, a Fiocruz - responsável pela produção do imunizante – já admite a possibilidade de uso da vacina em um intervalo de 4 a 12 semanas. O Ministério da Saúde, por sua vez, informa que o assunto ainda segue em discussão.

Na capital, por exemplo, a Secretaria Municipal de Saúde (Semus) informou que qualquer alteração na forma de aplicação das doses de qualquer vacina seguirá à orientação técnica do MS. No domingo, 11, o governo de São Paulo orientou que, por enquanto, não reduzirá o tempo de aplicação entre a primeira e a segunda dose da AstraZeneca.

Nesta segunda-feira, 12, pessoas com segundas doses das vacina AstraZeneca programadas para hoje, 13, e amanhã, 14, puderam receber o imunizante de forma antecipada.

Até o momento, de acordo com a Prefeitura de São Luís, nenhum usuário que antecipou em um ou em dois dias o recebimento da segunda dose da AstraZeneca alegou efeito adverso.

Total

Das 4.272.380 doses já recebidas (incluindo AstraZeneca), 1.324.940são da CoronaVac, 435.240 da Pfizer e 110.100 da Janssen. A última remessa de imunizantes para o estado foi recebida na madrugada de sexta-feira, dia 9.

Carlos Lula nega compra irregular de itens para a Covid-19

O secretário estadual de Saúde (SES), Carlos Lula, negou qualquer tipo de irregularidade ou compra superfaturada feita pelo Governo do Estado para a compra de itens visando o combate à pandemia. O fato foi divulgado em blogs da cidade.

Para o gestor, a denúncia citada fora considerada improcedente. Em sua conta no Twitter, o secretário publicou o que seria uma parte da decisão do Tribunal de Contas da União (TCU), que apura o caso. Para Lula, o parecer do órgão reconhece que a compra do governo fora mais econômica.

De acordo com as acusações, o Estado efetuou uma compra, em 2020, no valor de R$ 1,6 milhão, de itens como aventais cirúrgicos e máscaras de proteção com preços acima do mercado. Os valores fariam parte da verba da União destinada a estados e municípios para o controle da Covid-19.

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