Polêmica

Flávio Dino diz que CPI do Senado está sendo coagida

Declaração do chefe do Executivo maranhense, nas redes sociais, ocorreu após as Forças Armadas terem publicado nota de repúdio contra o senador Omar Aziz, presidente da CPI da Pandemia

Ronaldo Rocha da editoria de Política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h16
Dino criticou o que ele classificou de coação contra a CPI da Pandemia
Dino criticou o que ele classificou de coação contra a CPI da Pandemia (Flávio Dino)

SÃO LUÍS -

O governador Flávio Dino (PSB) afirmou que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia no Senado da República está sendo coagida. A declaração do chefe do Executivo ocorreu após as Forças Armadas do país emitirem uma nota de repúdio ao senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente do colegiado no Parlamento.

Para Dino, não houve na história política recente do país ato semelhante com alguma outra CPI instalada no Congresso Nacional.

“Todos os governos, após a ditadura militar, foram investigados em CPIs. Todas funcionaram. A única que está sendo coagida é esta da pandemia. Isso é inaceitável. Civis e militares devem respeitar a Constituição e o Senado. Ameaça é coisa de miliciano”, disse.

Antes disso, Flávio Dino já havia reagido à nota publicada pelo Ministério da Defesa contra o senador que conduz a CPI no Senado. Ele classificou a manifestação das Forças Armadas de abusiva.

"Nota militar contra o presidente da CPI do Senado, Omar Aziz foi desproporcional e abusiva. A indignação cívica deve ser contra alguns militares que se meteram em transações mal explicadas e em desastres gerenciais. Ninguém está acima da lei", escreveu em seu perfil em rede social.

Imbróglio

A crise entre as Forças Armadas e a CPI ganhou corpo na noite da última quarta-feira, 7, quando o Ministério da Defesa publicou a nota de repúdio em desfavor do senador do PSD. O documento foi assinado pelo ministro Braga Netto e pelos comandantes das Forças Armadas, depois de o presidente da CPI ter afirmado que fazia "muitos anos" que o Brasil não via "membros do lado podre das Forças Armadas envolvidos com falcatrua dentro do governo".

Na nota de repúdio, o Ministério da Defesa afirmou que Aziz foi leviano. "Essa narrativa, afastada dos fatos, atinge as Forças Armadas de forma vil e leviana, tratando-se de uma acusação grave, infundada e, sobretudo, irresponsável. A Marinha do Brasil, o Exército Brasileiro e a Força Aérea Brasileira são instituições pertencentes ao povo brasileiro e que gozam de elevada credibilidade junto à nossa sociedade conquistada ao longo dos séculos", destacou trecho da nota.

Depois de publicado o documento e da forte repercussão no país, Aziz afirmou que não seria intimidado pelas Forças Armadas, e cobrou respeito ao Senado Federal.

O presidente do Senado, por sua vez, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou que o mal-entendido entre o presidente da CPI e o Ministério da Defesa já havia sido “suficientemente esclarecido”. Ele também disse que o tema está encerrado.

Todos os governos, após a ditadura militar, foram investigados em CPIs. Todas funcionaram. A única que está sendo coagida é esta da pandemia. Isso é inaceitável. Civis e militares devem respeitar a Constituição e o Senado. Ameaça é coisa de milicianoFlávio Dino, governador do Maranhão pelo PSB

Na nota de repúdio, o Ministério da Defesa afirmou que Aziz foi leviano.

"Essa narrativa, afastada dos fatos, atinge as Forças Armadas de forma vil e leviana, tratando-se de uma acusação grave, infundada e, sobretudo, irresponsável. A Marinha do Brasil, o Exército Brasileiro e a Força Aérea Brasileira são instituições pertencentes ao povo brasileiro e que gozam de elevada credibilidade junto à nossa sociedade conquistada ao longo dos séculos", destacou trecho da nota.

Depois de publicado o documento e da forte repercussão no país, Aziz afirmou que não seria intimidado pelas Forças Armadas, e cobrou respeito ao Senado Federal.

O presidente do Senado, por sua vez, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou que o mal-entendido entre o presidente da CPI e o Ministério da Defesa já havia sido “suficientemente esclarecido”. Ele também disse que o tema está encerrado.

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