Pandemia

Baixa adesão à segunda dose da vacina Covid repercute no Legislativo

Deputados estaduais e vereadores alertaram para a taxa ainda considerada irrisória de aplicação de doses complementares no Maranhão e em São Luís

Thiago Bastos / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h16
Gutemberg Araújo falou da importância da 2ª dose
Gutemberg Araújo falou da importância da 2ª dose (Gutemberg)

Abaixa adesão da segunda dose das vacinas contra a Covid-19 na capital maranhense e em outros municípios do estado repercutiu nas sessões da Assembleia Legislativa do Maranhão e da Câmara de São Luís. No Estadual, os deputados César Pires (PV) e Yglésio Moyses (Pros) citaram a importância do recebimento da dose complementar. De acordo com o governo maranhense, mais de 100 mil pessoas ainda não compareceram para tomar a dose de reforco contra o coronavirus.

Até o momento, de acordo com dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES), somente na Grande Ilha, mais de 70% da população adulta tomou pelo menos a primeira dose. Em contrapartida, a expectativa do governo é de ampliar a oferta para outras cidades. De acordo com o governo local, a cobertura vacinal em primeira dose da população adulta (a partir de 18 anos de idade) autorizada para o recebimento do imunizante (com base na preconização do Ministério da Saúde) será semelhante a partir de setembro deste ano.

O deputado Yglésio Moyses apoiou a iniciativa do governo do Maranhão de distribuir premiações para estimular o recebimento da segunda dose. “Propaganda institucional focada na segunda dose, importantíssimo. É interessante porque estimula, de fato, a população a fazer. Então, precisamos de medidas que elevem isso aqui, senão nós vamos no segundo semestre, a partir do final do ano, novamente, ter aumento de níveis da doença”, disse.

Ao citar a colega parlamentar, Mical Damasceno (PTB), Moyses lembrou da necessidade de mobilização das lideranças religiosas no aceno aos seguidores quanto à importância da segunda dose. “Lamentavelmente, a deputada Mical não está aqui, mas soube aqui que a deputada Mical nem se vacinou ainda, é uma questão que a gente respeita, mas a gente acha que, por exemplo, uma deputada deve se vacinar, é um exemplo para a sua comunidade, por quê? Estimula outras pessoas a se vacinarem”, disse. Até o fechamento desta edição, a deputada não se manifestou sobre a citação.

Dados da Prefeitura de São Luís apontam que, até terça-feira, dia 6 de julho, 122.340 pessoas receberam até o momento as duas doses de imunizantes contra a Covid-19. O dado representaria pouco mais de 10% da população total da cidade. De acordo com o município, 507.535 pessoas tomaram apenas a primeira dose do imunizante na capital (excluindo as pessoas que já tomaram a segunda dose ou que receberam a dose única do imunizante).

Na Câmara

Um dos parlamentares que também encampou o debate na Câmara de São Luís foi o vereador Gutemberg Araújo (PSC). Para ele, é preocupante o índice irrisório de pessoas sem as segundas doses. “A quantidade de pessoas que não se vacinaram em segunda dose ainda é grande. O Maranhão, por exemplo, registra 9%. No Brasil, 12%. É preciso que as pessoas possam se dirigir aos postos, pois somente conseguiremos a imunidade necessária caso haja essa consciência”. Segundo o vereador, que também é médico, somente com 60% da taxa de vacinação será possível a imunidade.

Ele também reiterou a ideia de que todos os imunizantes, independentemente da procedência, são eficazes contra a pandemia. “Posto de saúde não é self-service. Todos os imunizantes têm eficácia neste caso e devem ser usados e não serem escolhidas”, disse.

Mais

Em entrevista para a TV Mirante, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PSB), confirmou os percentuais abaixo da expectativa quanto ao aplicação de segundas doses. Ele confirmou a continuidade do projeto “Dose Premiada”, que, por meio de Medida Provisória aprovada no Legislativo, oferta R$ 2,7 milhões distribuídos em sorteio.

Segundo Dino, somente com a imunidade defendida por especialistas será possível pensar na execução de programações alusivas ao Natal e ao Réveillon. Sobre as vacinas Sputnik V, o gestor disse que espera por um aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

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