Júri Popular

Lucas Porto é condenado a 39 anos de prisão, em seis dias de julgamento

Julgamento do réu se iniciou na quarta-feira 30 e se encerrou às 4h15 de hoje, 5; Lucas Porto está preso desde 2016, pela prática de violência sexual e o assassinato da publicitária Mariana Costa

Atualizada em 11/10/2022 às 12h16
Último dia do julgamento de Lucas Porto foi muito concorrido, apesar do horário tardio
Último dia do julgamento de Lucas Porto foi muito concorrido, apesar do horário tardio (julgamento Lucas Porto)

São Luís – Depois de seis dias de julgamento, Lucas Porto foi sentenciado a 30 anos de reclusão por homicídio com quatro qualificadoras e 9 anos de reclusão por estupro de sua então cunhada Mariana Costa, totalizando 39 anos de reclusão a serem cumpridos, inicialmente, em regime fechado, na Penitenciária de Pedrinhas. O juiz negou ao acusado o direito de recorrer da decisão em liberdade.

O julgamento de Porto era muito esperado pela família de Mariana Costa, que criou, desde a sua morte, o movimento “Somos Todos Marianas”, de apoio a familiares de mulheres vítimas de violência e feminicídio.

Durante os dias de sessão do júri popular foram lidos documentos e ouvidas 21 testemunhas arroladas pela defesa do réu e acusação. Inicialmente seriam 23 testemunhas, mas duas delas foram dispensadas em comum acordo entre defesa e acusação.

Nos quatro primeiros dias, apenas as testemunhas foram ouvidas. Porto somente prestou depoimento no domingo, 4. Ele foi foi inquirido durante quatro horas pelo juiz José Ribamar Goulart Heluy Júnior, o promotor Marco Aurelio Ramos, na acusação, e os representantes da defesa.

Imprensa e público não tiveram acesso ao depoimento, pois nele teriam sido detalhados documentos que estão em segredo de Justiça, portanto não poderiam ser explicitados diante de todos.

Após o depoimento do réu, começaram os debates, iniciados pela acusação. Já era noite quando, durante uma hora e meia, o promotor Marco Aurélio Ramos explicou ao conselho de sentença os motivos que levaram o Ministério Público a denunciar Lucas Porto como autor do crime e as convicções que fizeram com que pedissem a sua condenação.

Por uma hora e meia, também, os representantes da defesa, Aryldo de Paula e Ricardo Ponzetto, explanaram sua versão do crime, negando que Porto fosse o autor da violência e morte de Mariana Costa.

Houve réplica com os promotores de Justiça André Charles e Marco Aurélio Ramos, por meia-hora, e tréplica da defesa, em outra meia-hora.

Já era madrugada desta segunda-feira, 5, quando o conselho de sentença se reuniu, entrando no sexto dia de julgamento, para então poder concluí-lo. Cabia aos jurados decidirem se Lucas Porto era culpado ou inocente dos crimes que lhe eram imputados. Ao juiz, coube a dosimetria da pena, de acordo com sua culpabilidade.

“Os jurados, em uma decisão tranquila e analisando as provas, entenderam que desde o começo do Ministério Público dizia que o acusado era o autor do crime de estupro e também teria cometido o crime de homicídio. O MP não pretende recorrer da pena, entende que está num patamar satisfatório”, disse o promotor Marco Aurélio Ramos, após a leitura da sentença.

Segundo o advogado Ricardo Ponzetto, a defesa vai recorrer da sentença.

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