CPI dos Combustíveis

Após aprovar oitiva de agiota, CPI pode ouvir titular da Sefaz

Mantendo o discurso repetitivo sobre ICMS e culpa do governo estadual pelo aumento do combustível, o deputado Wellington do Curso propõe convocar o secretário de Estado de Fazenda, Marcellus Ribeiro

Gilberto Léda/Editoria de Política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h16
Membros da CPI dos Combustíveis se reunirão em sessão na terça-feira, 6
Membros da CPI dos Combustíveis se reunirão em sessão na terça-feira, 6 (CPI dos Combustíveis)

Depois de aprovar a convocação do empresário Josival Cavalcante da Silva, o Pavocan, para depor na CPI dos Combustíveis, a comissão pode convocar o secretário de Estado da Fazenda, Marcellus Ribeiro, para também prestar depoimento.

O titular da Sefaz já foi convidado uma vez para ser ouvido, mas acabou mandando um auditor da Fazenda Estadual.

Nesta semana, no entanto, o deputado estadual Wellington do Curso (PSDB) apresentou requerimento pedindo a convocação do auxiliar do governo estadual.

Ao se pronunciar, o tucano afirmou que o objetivo é esclarecer pontos quanto à responsabilidade do governo Flávio Dino (PSB) sobre os sucessivos aumentos nos preços dos combustíveis no Maranhão. O requerimento será votado na próxima reunião da CPI.

“Solicitei a aprovação do nosso requerimento para que a CPI dos Combustíveis convoque o secretário de Fazenda para prestar esclarecimentos. Desde o início, defendo uma CPI imparcial. O objetivo é responder alguns questionamentos, principalmente, quanto à responsabilidade do Governo do Estado nos sucessivos aumentos dos preços de combustíveis no Maranhão. Portanto, se donos de postos são convocados para prestar esclarecimentos, o secretário de Fazenda também deve ser. Afinal, todos tem sua parcela de responsabilidade e é exatamente isso que queremos apurar”, disse o deputado.

Contando os dias

Após a confirmação da sua convocação, Pavocan concedeu entrevista dizendo estar “contando os dias” para prestar esclarecimentos à CPI.

Sócio oculto do posto Joyce VII - onde tem como sócia de fato a empresária Rafaely Carvalho, já ouvida pelos deputados -, e também alvo de ações judiciais por agiotagem e lavagem de dinheiro, Pacovan disse que recebeu com tranquilidade a confirmação de sua convocação para depor no colegiado.

“Contando os dias para eu ir. Espero que todos os deputados da Casa estejam lá, que perguntem tudo que quiserem. Vou responder tudo. E gostaria da cobertura em massa da imprensa, pois vou mostrar a verdade”, declarou.

O requerimento foi protocolado pelo deputado Duarte Júnior (PSB), presidente da CPI, e aprovado por unanimidade também na quarta-feira, 30, após Rafaely Carvalho afirmar à comissão que não possuía qualquer controle sobre o posto de combustível.

Pacovan foi convocado para falar como testemunha. A oitiva será na próxima terça-feira, 6.

“Ela não é laranja. A Rafaely é como uma irmã de criação, uma filha. Morou 20 anos em minha casa. Entrou no CNPJ de três postos meus por isso, pela confiança em nossa relação, e trabalhava na administração, na parte de cartão. Meus postos sempre foram no nome dela, de minha filha e minha esposa”, disse.

Segundo Pacovan, a CPI mudou o rumo das investigações e passou a focar apenas nele após não conseguir atingir o objetivo de sua instauração, que é a redução no preço dos combustíveis cobrado ao consumidor nas bombas dos postos e suposta formação de cartel.

“Eles mexerem, mexeram, não tiveram sucesso em nada, aí focaram em mim. E ainda botaram uma casca de banana para minha irmã [Rafaely Carvalho] cair. Aquilo não se faz”.

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