Editorial

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Atualizada em 11/10/2022 às 12h16

A queda do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, a caçada ao assassino Lázaro – pelo menos até ontem, 24 - e a compra da vacina indiana Covaxin continuam dominando o noticiário nacional, com destaque nos veículos de imprensa. Em se tratando de Salles, é bem provável que não ocorram mudanças na política ambiental. Como ministro de Estado, uma de suas preferências era desqualificar a equipe que dirigia, em especial os funcionários do ICMBio e Ibama.

Só para lembrar, Ricardo Salles é aquele ministro da ala ideológica do governo Bolsonaro que em 2020 queria aproveitar o momento em que a imprensa estava ocupada com o coronavírus para “passar a boiada” na legislação ambiental. Essa frase foi dita na reunião antológica que precedeu a queda de Sérgio Moro e do recém-nomeado ministro da Saúde, Nelson Teich, cuja expressão de espanto com o nível dos colegas virou meme.

Salles sempre esteve no meio de polêmicas, desde que assumiu a pasta. Em 2019, o ministro afirmou que a solução para a extração ilegal na Amazônia seria “monetizá-la”. Durante as queimadas no Pantanal, em 2020, ele sugeriu que um aumento na criação de gado poderia combater o fogo. O ex-titular da pasta não resistiu ao desgaste provocado pelas suspeitas de envolvimento num esquema ilegal de retirada e venda de madeira – ele é alvo de duas investigações no STF. Salles será substituído pelo atual Secretário da Amazônia e Serviços Ambientais, Joaquim Álvaro Pereira Leite. As mudanças foram publicadas, quarta-feira, 23, no Diário Oficial da União.

Muitas surpresas estão reservadas para esta sexta-feira,25, na CPI da Covid, que deverá ouvir o servidor do Ministério da Saúde Luís Ricardo Miranda e seu irmão, o deputado federal Luís Miranda (DEM-DF). Eles afirmam que houve irregularidades na compra da vacina Covaxin pelo governo federal. O deputado disse que havia informado o presidente Jair Bolsonaro sobre essas irregularidades.

Por conta disso, a Comissão, que recebeu relatos de amaças à dupla, enviou um ofício à Polícia Federal para pedir proteção ao deputado e ao irmão dele. A CPI diz que existe a necessidade de cumprimento desse pleito, que não só garante a integridade física dos depoentes, mas assegura o bom andamento das investigações conduzidas por esse colegiado.

Uma pesquisa revelada ontem, 2, à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid-19 no Senado Federal indica que cerca de 120 mil vidas poderiam ter sido poupadas no primeiro ano de pandemia no Brasil se o país tivesse adotado de maneira mais firme e ampla medidas preventivas como distanciamento social, restrição a aglomerações e fechamento de escolas e do comércio.

Para chegar a este número, os pesquisadores calcularam o excesso de mortes por causas naturais no primeiro ano da pandemia, de março de 2020, após a primeira morte registrada no Brasil, até março de 2021. Constataram 305 mil mortes acima do que seria esperado com base nos óbitos registrados entre 2015 e 2019.

E a pergunta que está na boca de todos: Por onde Lázaro Barbosa? A caçada ao assassino mobiliza centenas de policiais, cães farejadores, helicópteros e radares com sensor de temperatura. Ele é suspeito de matar uma família e aterrorizar cidades na zona rural de Goiás e no Distrito Federal. Como se não bastasse, a deputada federal Magda Mofatto (PL-GO) publicou nas redes sociais um vídeo em que aparece com um fuzil dentro de um helicóptero e promete prender o foragido, de 32 anos. "Se o Ronaldo Caiado (governador de Goiás) não deu conta de te pegar, eu estou indo aí te pegar”, afirma na peça. Parece piada, mas não é.

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