Eleições 2022

No PSB, Dino ratifica construção de corrente anti-Bolsonaro em 2022

Além de Flávio Dino, também se filiaram no ato realizado ontem em Brasília o deputado federal Marcelo Freixo e o ex-vice-governador do Espírito Santo, Givaldo Vieira.

Thiago Bastos / Da Editoria de Política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h16
Flávio Dino e Marcelo Freixo são os novos membros do PSB; Dino aposta até o momento na disputa pelo Senado
Flávio Dino e Marcelo Freixo são os novos membros do PSB; Dino aposta até o momento na disputa pelo Senado (Dino e Freixo)

BRASÍLIA - Ao ser confirmado como novo membro do quadro do PSB – Partido Socialista Brasileiro – o governador do Maranhão, Flávio Dino (PSB), em discurso durante ato de filiação, voltou a defender a construção de uma “corrente anti-Bolsonaro”, visando as eleições do ano que vem. Para Dino, o movimento de centro-esquerda – defendido por ele – não pode cometer erros e chamou o pleito de 2022 de “batalha fundamental”.

Antes de discursar, o governador maranhense foi saudado pelo presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira. O dirigente admitiu abertamente que o partido negociava com o governador há pelo menos uma década a filiação e destacou a “coragem” do ex-comunista em ingressar na sigla.

“Flávio Dino mostra mais uma vez ser um homem de coragem ao aceitar este grande desafio. Tenho certeza de que será uma relação de absoluto sucesso frente a este absurdo que está no poder no país”, disse.

Além de Flávio Dino, também se filiaram no ato realizado ontem em Brasília o deputado federal Marcelo Freixo e o ex-vice-governador do Espírito Santo, Givaldo Vieira.

Após as falas dos demais novos membros, o governador Flávio Dino foi saudado pelos presentes. Ele começou a abordagem fazendo referência ao vice-governador do Maranhão, Carlos Brandão (PSDB), e aos senadores Weverton Rocha (PDT) e Eliziane Gama (Cidadania), presentes no evento, que também fora transmitido via redes sociais. Bira do Pindaré (PSB), um dos defensores mais ferrenhos da ida de Dino para o partido, o presidente do PSB no Maranhão, Luciano Leitoa, além de secretários e membros da bancada do governo no Legislativo Estadual também compareceram à agenda.

Para Dino, a eleição de 2022 será decisiva para a história do país. “Esta eleição de 2022 não é uma eleição qualquer. É uma batalha fundamental em torno de tudo que nós conseguimos concretizar. A eleição de 2022 é um plebiscito, para aqueles que querem uma democracia ou a destruição da nação”, disse.

Saudações

Ao saudar nomes como Miguel Arraes, Eduardo Campos e José Antônio Almeida, além dos juristas que ajudaram a fundar o PSB, João Mangabeira e Evandro Lins e Silva, Dino – tecendo críticas duras ao presidente da República, Jair Bolsonaro, citou o Golpe Militar, além de Hitler e Benito Mussolini.

Com um tom de pré-candidato ao Planalto, Dino admitiu ser de grande responsabilidade assumir tal posto no partido. “É uma carga de responsabilidade que trago ao assumir esta missão no PSB, depois de 10 anos de namoro. Nós não podemos cometer erros. Nós estamos vendo o perigo, o perigo está no poder. E está matando 500 mil famílias. Derrotá-lo é tarefa de todos”, afirmou, sendo saudado pelos aliados e militância.

Por fim, ele se referiu ao atual presidente como um “mal” que deve ser derrotado. “Nós não podemos minimizar o mal, a maldade. O bem sempre vence, e vence mesmo”, afirmou.

Saudado

Além de Siqueira, outros líderes como o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande e Márcio França fizeram questão de destacar o “reforço” adquirido pelo PSB visando o fortalecimento de seu projeto nacional. Nas redes sociais, outros aliados desejaram sorte ao governador maranhense, como o atual deputado estadual, Duarte Júnior (Republicanos).

Em contrapartida, aliados diretos e ex-colegas de partido, como o secretário de Cidades, Márcio Jerry e o secretário de Articulação Política, Rubens Júnior (PCdoB), não mencionaram diretamente o governador após o ato de filiação no PSB, até o fechamento desta edição.

Mais

Durante a filiação no PSB, o governador Flávio Dino decidiu adotar a estratégia da prudência, citou nomes tradicionais do partido e disse que está na sigla para “fazer o bom debate”. Segundo o governador, ele não está na nova sigla para “interesses próprios e imediatistas” e disse que os rumos da legenda serão debatidos em conjunto.

O governador do Maranhão não citou o antigo partido (PCdoB) e mencionou o ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. “Com todo o respeito que eu tenho sobre a direção desse partido, eu venho trazer uma palavra em defesa de uma união [...] em que os comunistas estejam presentes, os socialistas estejam presentes, os trabalhistas estejam presentes, os lulistas e petistas estejam presentes”, disse.

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