Senado

"CPI é um erro", diz Arthur Lira

Presidente da Câmara ainda afirmou que processo de impeachment iria "bagunçar" o país

Atualizada em 11/10/2022 às 12h16
Arthur Lira disse ainda que comissão não terá efeito algum
Arthur Lira disse ainda que comissão não terá efeito algum (Arthur Lira)

Brasília - Em entrevista a O Globo, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), fez severas críticas a Comissão Parlamentar de Inquérito do Senado. “Neste momento, a CPI é um erro. A guerra está no meio. Como é que você vai apurar crime de guerra no meio da guerra? Como vai dizer qual é o certo?”, disse Lira.

Já no início da entrevista, Arthur Lira foi convidado a falar sobre a CPI. Para o deputado, não há denúncia concreta contra o governo. Até mesmo as denúncias por um suposto atraso da vacina são desmentidas pelos fatos. “Participei das conversas com a Pfizer, numa reunião em fevereiro com o Rodrigo Pacheco, o (Paulo) Guedes, o general (Luiz Eduardo) Ramos e o presidente Bolsonaro. Naquela época, não tinha autorização da Anvisa e achavam que o contrato era leonino. O que dissemos? Se tem dinheiro, se tem empenho, se o mundo todo está assinando esse contrato... Então, faça. Do dia em que a Pfizer propôs ao dia em que o governo fez (o contrato), se não errei as contas, alteraria em três milhões de doses (a mais). É muita dose. Ajudaria muita gente. Mas resolveria o problema da pandemia?”, explicou.

Em relação a um possível projeto de impeachment de Jair Bolsonaro, o presidente da Câmara Federal se disse neutro, que processo iria bagunçar o país e ironizou a situação. “Então, o que é que estão querendo? Que eu desorganize o país, que eu comece uma conflagração de 122 votos que querem contra 347 que não querem? Vocês querem testar? O que a população quer é testar? Acha que é o caminho? Vamos testar”.

Questionado sobre a pauta de votações na Câmara, Arthur Lira afirmou que tem cumprido suas promessas de campanha. “Tocando as reformas, a administrativa e a tributária. Fizemos a autonomia do Banco Central. Compromisso de votar as privatizações. Quando me candidatei, fui a seis frentes, das mulheres, ruralistas, anticorrupção. E hoje essas matérias estão vindo”.

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