Celebração

Para celebrar 60 anos de cantoria de um mestre da cultura popular

Exibição acontece neste sábado, às 20h, faz homenagem ao cantador Zé OIhinho que, há 60 anos, dedica seu canto ao bumba meu boi

Bruna Castelo Branco Editora do Alternativo/ Bárbara Lauria Da equipe de O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h16
Zé Olhinho celebra 60 anos de cantoria
Zé Olhinho celebra 60 anos de cantoria (ZÉ Olhinho)

São Luís- Com 60 anos dedicados à arte de cantar sua cultura, o cantador maranhense Zé Olhinho será homenageado em um evento gravado que será apresentado neste sábado, às 20h, no canal oficial do Boi de Santa Fé. O vídeo foi gravado no dia 12 e será apresentado neste sábado no canal oficial do Boi de Santa Fé no Youtube.

O show tem o título "Zé Olhinho - Cantando e Encantando no Bumba Meu Boi do Maranhão!" como uma forma de homenagear o mestre da cultura popular que começou a cantoria em 1961, ainda em São Vicente de Férrer, cidade onde nasceu, mas passou por outros grupos em São Vicente de Férrer, São João Batista, Cajapió. Quando ele chegou em São Luís, ele ingressou no Boi de Pindaré, em 1988, fundou o Boi de Santa Fé, onde até hoje faz parte do grupo.

Hoje, com 78 anos, o cantador terá sua homenagem em um formato diferente, devido a pandemia da Covid-19. "A pandemia atrapalhou muito, pois é uma comemoração única, que vai ficar em nossas memórias, não podemos fazer o evento de grande magnitude, pois além da falta de verbas, não pudemos reunir todo nosso batalhão (cerca de 150 pessoas) e também todos os admiradores e simpatizantes do boi de Santa fé. Então fizemos todos os esforços para que este momento único não passasse em branco, pois mestre Zé olhinho é um patrimônio vivo da nossa cultura popular do Maranhão", contou Adriano Andrade, coordenador geral do grupo do Boi de Santa Fé.

Homenagem em Vida

Durante a pandemia, Zé Olhinho chegou a ser diagnosticado com o vírus da Covid-19 e teve que ficar internado por 14 dias, quando venceu a doença. Com sequelas, o cantador ainda está com a saúde um pouco debilitada, e faz tratamentos com usos de medicações e fisioterapia. "Ele é guerreiro e valente, quando canta o boi, suas forças se renovam. Então temos todo o cuidado com ele, para não fazer muito esforço por conta desta situação", ressaltou Adriano Andrade, que enfatizou a importância de realizar a homenagem ainda em vida.

"Minha ideia foi homenageá-lo ainda em vida, pois muitos mestres que se foram, infelizmente não puderam ter esta oportunidade. Ele ficou muito feliz com o evento e me disse que está realizado, pois teve o reconhecimento enquanto vida", destacou.

Boi de Santa Fé

Um dos grupos de bumba meu boi mais tradicionais do estado, O Boi de Santa Fé é representante do sotaque da Baixada e encanta a todos nos terreiros de São João. Foi fundando em 1988 por Zé Olhinho, natural de São Vicente Férrer, e seus colegas da Baixada Maranhense, que se estabeleceram em São Luís na década de 50, trazendo para o Bairro de Fátima suas batidas, passos, instrumentos, indumentárias e personagens.

O sotaque da Baixada é embalado pela percussão que reúne pandeiros, caixas, tambores-onça, maracás e pequenas matracas. Seu personagem mais característico é a Cazumba, mistura de homem e bicho, que traz um chocalho na mão e requebra as cadeiras avantajadas, vestindo uma bata comprida ricamente bordada, uma máscara de madeira (queixo) e cabeças esculpidas, cada vez vez mais elevadas (as caretas).

A Live

A homenagem será apresentada neste sábado, às 20h, no canal oficial do Boi de Santa Fé no Youtube.

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