Vacinas

Vacinação deve avançar no interior com doses da Janssen

Por decisão da Comissão de Intergesdores Bipartite (CIB), 70% das mais de 90 mil doses da Janssen serão encaminhadas para municípios do interior; previsão de chegada das doses é sábado, 19

Atualizada em 11/10/2022 às 12h16
Doses da Janssen chegam sábado
Doses da Janssen chegam sábado (Janssen)

Previstas para chegar ao Brasil ainda nesta semana - após um adiamento anunciado na segunda-feira, 14 - as doses da vacina da Janssen que serão encaminhadas ao Maranhão devem ajudar os municípios a avançar com a imunização da população do interior do estado contra a Covid-19.

Isso porque, na última sexta-feira, 11, os secretários municipais de saúde, em reunião com a Secretaria de Estado da Saúde (SES) - que compõem a chamada Comissão Intergestores Bipartite (CIB) - definiram o destino das 90,7 mil doses do imunizante da Johnson e Johnso, e decidiram privilegiar municípios fora da Região Metropolitana de São Luís.

Depois de o governador Flávio Dino (PCdoB) haver cogitado distribuí-las apenas na Grande Ilha – em virtude do seu curto prazo de validade -, os gestores municipais decidiram que apenas 30% das doses ficarão na capital e entorno (São Luís, São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa) e os outros 70% serão encaminhados a Imperatriz, Balsas, Caxias, Bacabal, Pinheiro, Coroatá, Açailândia, Santa Inês e Presidente Dutra.

Isso será possível porque a validade inicial da vacina, que era de 27 de junho, foi estendida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) por mais um mês e meio, sob condições de armazenamento de 2° a 8° C. A decisão ocorreu em uma reunião dos diretores na segunda-feira, 14, e vai no mesmo sentido do que já tinha decidido a FDA, a agência reguladora dos Estados Unidos.

Com isso, os imunizantes vencerão apenas no início de agosto, permitindo o envio a cidades mais distantes da capital, onde chegarão de avião. Como a Janssen é de dose única, ela permitirá um avanço maior da imunização nessas localidades.

Pressão

A decisão da CIB é também uma resposta dos gestores municipais ao Governo do Maranhão. No seu pronunciamento da última sexta-feira, o governador Flávio Dino revelou ter sofrido pressão após priorizar, como havia recomendado o Ministério da Saúde - a Grande Ilha na distribuição de doses da vacina da Pfizer.

Segundo ele, o governo estadual tem atuado, nesse caso, sempre seguindo as orientações federais.

“Nós sempre mantemos uma linha de coerência, de adesão, às orientações técnicas do Ministério da Saúde. Nós recebemos, periodicamente, informes técnicos do Ministério da Saúde.Nós recebemos uma orientação da vacina Pfizer, e faço questão de dividir isto porque recebi muitas demandas, por intermédio das redes sociais, e também de prefeitos e prefeitas, indagando por que a Ilha de São Luís estava avançando mais rapidamente no que se refere à imunização em relação a outras regiões do Maranhão”, destacou, ressaltando a “logística especial” necessária para a aplicação da vacina da Pfizer e o fato de o Ministério da Saúde haver recomendado expressamente o envio de doses desse imunizante a capitais.

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