Editorial

Para salvar mais vidas

Atualizada em 11/10/2022 às 12h16

Para ampliar a cobertura vacinal na Ilha de São Luís, mais um Arraial da Vacinação acontece a partir das 19h desta sexta-feira, 11, e se estenderá até às 12h de domingo, 13, em um shopping situado na estrada de Ribamar. A força-tarefa do governo estadual é louvável com o propósito de imunizar o maior número de pessoas com rapidez, no momento em que a ocupação de leitos para pacientes com a Covid-19 já ultrapassou 90%, conforme dados do consórcio de veículos de imprensa. O governo entende que quanto mais vacinas, mais vidas são salvas.

Um levantamento divulgado pelo jornal Folha de S.Paulo aponta que o estado já aplicou a primeira dose da vacina em 29,7% de sua população adulta, colocando o Maranhão 11 posições acima no ranking nacional da vacinação contra a Covid-19, já que há exatamente dois meses, o estado ocupava a 24ª posição, com 10,5% das pessoas com mais de 18 anos de idade inoculadas com a dose inicial. Contabilizando os números da primeira e segunda doses, o estado já ultrapassou a marca de 2 milhões de doses aplicadas contra a Covid-19.

Na capital maranhense, o índice de ocupação de leitos para pacientes graves chega a 97%. Dos 279 leitos de UTI na Grande Ilha, que inclui a capital e mais três cidades vizinhas, 270 estão ocupados. O quadro segue crítico a despeito do avanço da vacinação na capital maranhense. As cidades da Região Metropolitana receberam 300 mil doses extras do Ministério da Saúde após o Maranhão registrar o primeiro caso no país da variante indiana. Ontem, São Luís começou a vacinar pessoas com idades entre 36 e 35 anos.

Para acelerar o processo de imunização contra a Covid-19, o governo vem realizando parcerias como os municípios, fato considerado muito importante pelo secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula. Ele diz que o governo não está medindo esforços para auxiliar os municípios no avanço da imunização da população, pois esta é a única forma de vencer a pandemia. A força-tarefa começou no primeiro dia deste mês e ultrapassou a meta que era 100 mil doses aplicadas até o último domingo.

Na pandemia atual, é importante também que as pessoas que já receberam a primeira dose de vacina procurem os postos de vacinação - conforme o prazo determinado -, já que a eficácia contra a Covid só é garantida semanas depois da aplicação da segunda dose. Um estudo recente apontou que o Brasil precisa vacinar 2 milhões de pessoas por dia para controlar a pandemia em até um ano.

E atualmente o país mal tem conseguido passar de 1 milhão por dia. A aceleração das aplicações de vacinas na pandemia esbarra em um problema mundial: a falta do insumo. No caso brasileiro, isso se agravou porque o governo Bolsonaro recusou sucessivas ofertas da Pfizer, apostou todas as fichas na vacina AstraZeneca-Oxford e ameaçou boicotar a Coronavac.

Sempre ele: o presidente Jair Bolsonaro voltou a defender seu uso de hidroxicloroquina, mesmo depois de seu ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmar que não há eficácia comprovada do medicamento. Em discurso feito em evento com igrejas evangélicas em Anápolis (GO), Bolsonaro comparou a hidroxicloroquina com as vacinas aplicadas na população. O presidente sugeriu que também não há comprovação científica da eficácia da vacina, que estaria em fase experimental. Mais uma vez ele nega a ciência.

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