Economia

Presentes para o Dia dos Namorados ficam abaixo da inflação em 12 meses

Produtos e serviços mais procurados pelo consumidor como presentes para a data subiram em média 2,31%

Atualizada em 11/10/2022 às 12h16
(compras / presente / vendas)

São Paulo - Levantamento realizado a partir de 23 produtos e serviços do Índice de Preços ao Consumidor (IPC/FGV) indicou que os produtos e serviços mais procurados como presentes para o Dia dos Namorados subiram em média 2,31%, nos últimos 12 meses. O percentual ficou abaixo da inflação apurada para o mesmo período, que foi de 7,37%.

A pesquisa também mostrou que a inflação dos serviços subiu 2,97%, sendo a alta puxada pelos restaurantes, cujos preços avançaram 4,11%. Os outros itens da cesta de serviços que sofreram aumento foram os salões de beleza (3,15%) e academias (1,81%). As atrações culturais, por motivo da inatividade gerada pela pandemia, ficaram com seus preços estáveis: cinemas (0%), shows (0%) e teatros (0%). A atual condição sanitária ainda prejudica a demanda para o setor hoteleiro, que reflete tal condição em seus preços: hotéis e motéis foram o único item da cesta de serviços que sofreu deflação no período (-0,57%).

O pesquisador do FGV IBRE Matheus Peçanha avalia que os custos tiveram um papel importante nessa dinâmica. "Os custos em aceleração foram os principais responsáveis pela elevação de preços da cesta, sobretudo a de serviços. Os três itens que tiveram inflação positiva na cesta de serviços sofreram um forte impacto dos custos: no caso dos restaurantes, os preços dos alimentos e da energia (eletricidade e gás) influenciaram para o reajuste desse serviço, mesmo em um ambiente de demanda menos aquecida. Já os salões de beleza e academias são setores intensivos em consumo de energia elétrica."

Pelo lado dos produtos mais comumente escolhidos como presente, a cesta de 16 itens teve um aumento médio de 1,69%. As maiores altas vieram principalmente dos itens alimentícios: bombons e chocolates (11,07%) e vinhos (7,44%). Os computadores e periféricos (9,53%) fecham a lista dos itens que subiram acima da inflação. Outras altas, porém abaixo da inflação foram registradas para bicicletas (6,22%), bijuterias (5,12%), produtos para barba (4,93%), perfumes (4,37%), calçados masculinos (2,64%), celulares (0,86%) e roupas masculinas (0,38%). O alívio da cesta de produtos vem dos bens semiduráveis, em sua maioria associadas ao gênero feminino, como cintos e bolsas (-0,01%), calçados femininos (-0,84%), relógios (-0,89%), roupas femininas (-1,49%), artigos de maquiagem (-1,98%) e livros (-2,06%).

"Mais uma vez, os custos tiveram um papel importante", avalia Matheus Peçanha, "as commodities metálicas tiveram aumentos na casa dos 80% em 2020, custo muito relevante na produção dos eletrodomésticos, das bijuterias e bicicletas, assim como o câmbio, que acelerou fortemente em 2020, tem impacto grande nos preços de bombons, vinhos, perfumes e computadores, por exemplo."

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