Criticou

Yglésio levanta suspeitas sobre CoronaVac e Sputnik V

Deputado estadual sugeriu revacinar idosos que tomaram as duas doses da vacina coronavac

Atualizada em 11/10/2022 às 12h16
(Yglesio)

SÃO LUÍS - O deputado estadual Yglésio Moyses (Pros) abriu ontem uma polêmica ao levantar suspeitas sobre a eficácia de duas vacinas já em uso contra a Covid-19 no Brasil e no mundo.

Numa postagem no Instagram - e depois em entrevista ao programa Ponto Final, da Mirante AM -, o parlamentar primeiro destacou uma série de informações sobre a Sputnik V, a vacina russa cuja importação foi autorizada na semana passada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Segundo ele, apesar da aprovação da compra de lotes específicos contratados por alguns estados e municípios - ao Maranhão devem chegar 141 mil doses -, o imunizante não recebeu da Anvisa a mesma autorização de segurança e eficácia que os outros já em aplicação no Brasil.

Para ele, o fato de o Instituto Gamaleya, responsável por sua produção, não haver autorizado acesso às fábricas do imunizante, levanta suspeitas.

O deputado, então, recomendou: “Na dúvida, não tome Sputnik V. O tempo dela já passou”.

“Se você for a um restaurante e não te permitirem conhecer a cozinha, desconfie. Se uma empresa não quiser mostrar como uma #vacina é feita, para ser avaliada por uma agência de vigilância sanitária, faça como o povo russo: desconfie”, completou.

Já sobre a CoronaVac, Yglésio Moyses defendeu a revacinação de idosos que receberam doses do imunizante chinês. Segundo ele, nos últimos dias foram divulgados "dados meio alarmantes” sobre eficácia da vacina, produzida no Brasil em parceria com o Instituto Butantan, em pacientes acima de 70 anos. "Ela tem uma eficácia extremamente reduzida [no público acima dos 70 anos]. Nos pacientes acima de 80 anos, ela praticamente não tem eficácia”, disse Yglésio.

O parlamentar diz que o Instituo Butantan mentiu ao afirmar que a vacina protege 100% contra óbito por covid-19. “Nós precisamos falar imediatamente em revacinação nesses pacientes. São cada vez mais crescentes os casos de pacientes, principalmente os mais idosos que tomaram duas doses e morreram de Covid. Portanto, um dado completamente diferente daquele que o Instituto Butantan disse, que a CoronaVac tinha uma proteção de 100% contra óbito, isso é uma falácia, uma grande mentira”, destacou o deputado.

Yglésio ressalta que em pacientes jovens a vacina é eficaz, mas os resultados no público idoso não são bons. “Ela é uma vacina que funciona em pacientes mais jovens sim, tem uma eficácia de 50 a 60 %, mas no idoso o resultado é muito ruim”, afirmou Yglésio Moyses.

Mais

Butatan não vê necessidade

Em recente entrevista coletiva, o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, rechaçou a necessidade de revacinação de idosos. "Recentemente, têm aparecido aí notícias baseadas em estudos de qualidade secundária, vamos dizer assim, falando: 'olha, precisa revacinar os idosos'. Não, os dados que nós temos não indicam isso. [...] Fiquem tranquilos, essa é uma das melhores vacinas que estão disponíveis no mundo e que agora tem efetivamente demonstrado o seu papel na vacinação sobre a epidemia”, disse, lembrando que o Butantan já havia se manifestado anteriormente ao dizer que a vacina "não é barreira para a infecção pelo vírus SARS-Cov-2, mas reduz expressivamente o risco de uma pessoa ter a doença causada pelo vírus, evitando, sobretudo, quadros graves, hospitalizações e mortes".

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.