Editorial

A importância da segunda dose

Atualizada em 11/10/2022 às 12h16

Tem sido motivo de preocupação do Ministério da Saúde a baixa procura de pessoas que não completaram a vacinação contra a Covid-19, e no caso do Maranhão a situação não difere do resto do país conforme atestam números do DataSUS com base em informações das secretarias estaduais de saúde. Diante desse quadro, é impositivo reforçar as iniciativas informativas para alertar quanto à necessidade de se complementar o esquema vacinal, pois, somente assim, é garantida a eficácia máxima dos imunizantes contra o coronavírus.

Dados apontam que uma em cada cinco pessoas com mais de 70 anos não completou a vacinação no país. Entre os brasileiros acima dessa faixa de idade, 2,6 milhões começaram o processo vacinal, mas não concluíram a imunização. É importante também que familiares e cuidadores de idosos se mobilizem e se organizem para levá-los aos pontos de vacinação, pois muitos podem ter limitações ou dificuldades para se locomover sozinhos. Os grupos prioritários existem por um motivo: são pessoas com maior risco de exposição ou pessoas que, ao se exporem, correm maior risco de adoecer gravemente e morrer. Aqui se encaixam os idosos.

No momento o país vive sob a ameaça de mais uma onda de Covid-19. São reais as possibilidades de um novo avanço rápido e avassalador da pandemia, tendo em vista que em muitos estados o número de leitos destinados a pacientes com Covid-19 estão muito próximos do limite de atendimento. Voltaram a crescer nos últimos dias indicadores de casos, inclusive, que a busca por UTIs ultrapasse o período mais crítico de março e abril. Vislumbra-se, portanto, o risco de um novo colapso no sistema de saúde. Preocupa, ainda, a chegada da variante indiana da Covid-19 ao país.

Infectologistas alertam que são várias as circunstâncias que se somam para acender uma luz de alerta. Não há saída para combater a pandemia a não ser a aceleração da vacinação, o uso de máscaras e o distanciamento social. Assim, é preciso contar com a responsabilidade das autoridades, para agirem a tempo, e com a consciência da população, para redobrar os cuidados pessoais.

Ainda segundo o DataSUS, na prática, 3,6 milhões de brasileiros com mais de 70 anos não estão completamente imunizados contra a Covid-19 no país, já que cerca de 1 milhão não tomaram nem a primeira dose. Isso representa um quarto dos brasileiros nessa faixa etária - há 13,5 milhões de pessoas no Brasil acima dos 70 anos, de acordo com a estimativa populacional da Campanha Nacional de Vacinação contra a Covid-19.

Imunizar a maior quantidade de pessoas por grupo prioritário é importante para o controle da pandemia como um todo. Recentemente, pesquisa do Instituto Butantan mostrou que a pandemia começa a ser controlada em mais de 75% da população vacinada. Por sua vez, o Ministério da Saúde diz que todas as campanhas sobre a Covid-19 ressaltam a importância da vacinação e estuda fazer uma campanha específica para quem deveria ter tomado a segunda dose do imunizante mas, por algum motivo, ainda não a tomou.

Não há informação sobre campanhas específicas do Ministério da Saúde para idosos que ainda não tenham se vacinado ou completado a vacinação. No seu site, o ministério informa que "o ritmo da vacinação está acelerando". O rastreamento dos vacinados contra Covid-19 nos dados do DataSUS é possível porque cada pessoa imunizada é registrada no sistema com um código individual de identificação, ao qual estão ligadas informações sobre idade, dose da vacina recebida e grupo prioritário.

No Brasil, integraram os primeiros grupos prioritários na imunização os profissionais de saúde, os indígenas, as pessoas com deficiência institucionalizadas e os idosos (acima de 60 anos). Esses critérios foram definidos no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19.

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