O feriado de Corpus Christi levou muita gente às praias da capital. Enquanto os pontos de vacinação amanheceram com pouca gente nas filas, na orla marítima os banhistas eram atraídos pela areia da praia, pelo mar convidativo e pelos bares espalhados pelo calçadão. No entanto, nem todos seguiram os protocolos sanitários contra a Covid-19, dispensando máscaras e não ligando para a necessidade do distanciamento social.

Na Avenida Litorânea, os avisos de balneabilidade não impediram que alguns caíssem na água. “Numa pandemia como essa, a gente sente realmente vontade de sair e o único local mais amplo que se tem para relaxar mais apropriadamente é a praia, pois dá para procurar uma área mais afastada das aglomerações. O problema é que você chega e se depara com um aviso de que a água está suja”, reclamou a servidora pública Iolete Guimarães, que aproveitou o feriado para andar de bicicleta na areia.

Nos bares, os banhistas não se importaram com distanciamento social e muito menos com uso de máscaras, ignorando a gravidade do problema diariamente enfatizado pela Secretaria de Estado da Saúde, cujo Boletim Epidemiológico divulgado na quarta-feira já apontava que a taxa de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para pacientes com o novo coronavírus na Grande Ilha está alcançando 98,51%.

O Boletim informou que, até então, estavam disponíveis apenas quatro dos 269 leitos destinados para pacientes de São Luís, São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa, além dos casos graves vindos de cidades do interior do estado.

Veranico

O feriado levou muita gente a sair de casa devido ao forte calor que São Luís tem experimentado nos últimos, o que contribuiu para que os banhistas se dirigissem às praias da região metropolitana. Os meteorologistas dizem que o sol forte nesta época do ano está relacionado a um fenômeno conhecido como “veranico”, o qual provoca alta incidência de radiação solar, provocando, consequentemente, dias mais quentes na Grande Ilha.

De acordo com o meteorologista Gunter de Azevedo Reschke, do Núcleo de Meteorologia da Universidade Estadual do Maranhão (Uema), os meses de junho e julho são considerados de transição, ou seja, ocorre chuva, mas a tendência é de a temperatura aumentar um pouco mais. “Há, ainda, o fato de que os ventos são mais intensos”, explica Gunter de Azevedo Reschke, acrescentando que o veranico é um período de estiagem dentro da estação chuvosa.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.