Flexibilização

Setor de aluguel de trajes de festa começa a dar sinais de melhora

Com a liberação dos eventos para até 100 pessoas, estabelecimentos experimentam leve curva de crescimento e proprietários acreditam em melhora paulatina

Evandro Junior / O Estado MA

Atualizada em 11/10/2022 às 12h16
Orlando Sousa, proprietário da loja, afirma que movimento cresceu em torno de 5% com a flexibilização
Orlando Sousa, proprietário da loja, afirma que movimento cresceu em torno de 5% com a flexibilização (loja de aluguel de trajes / Orlando Sousa, proprietário da loja)

São Luís - Depois de amargar meses de dificuldades por conta das restrições impostas pela pandemia do novo coronavírus, que afetou 98% do setor de eventos, lojas de aluguel de trajes e fantasias para festas dão sinais de melhora em São Luís. O alento vem da liberação de eventos para até 100 pessoas, já que o processo de vacinação avançou e a expectativa é que a pandemia desacelere.

“Depois de um ano e meio de portas fechadas, começamos a enxergar uma luz no fim do túnel na semana passada, com um movimento crescendo em torno de 5%. Não tem sido nada fácil para o setor, pois tivemos que demitir funcionários durante a pandemia”, revela o empresário Orlando Sousa, proprietário da loja Orlando Fantasias, instalada na Rua das Paparaúbas, no bairro São Francisco.

De acordo com Orlando Sousa, os carros-chefes da loja são os eventos de formatura de faculdades, mas com a suspensão das festas para evitar aglomerações, o movimento praticamente despencou. “Nós tínhamos uma demanda alta, principalmente para as chamadas ‘aulas da saudade’, pois os formandos sempre optam por fazer algo mais descontraído, usando fantasias. Logo, sentimos um impacto muito forte. Agora que estamos começando a respirar, por conta de pequenos grupos de amigos que se reúnem para algum tipo de comemoração”, conta Orlando Sousa, afirmando que, se houver outro “lockdown”, ele deverá fechar as portas do estabelecimento definitivamente.

Adriana Lima, proprietária da loja de aluguel de roupas Elegância A Rigor, situada na Rua Osvaldo Cruz, no centro de São Luís, conta que precisou demitir funcionários porque uma das unidades da empresa, situada no bairro Cohab, precisou ser fechada.
“É que o proprietário do prédio achou que teríamos outro ‘lockdown’ e pediu o ponto, que era alugado. Foi quando não tivemos alternativa, a não ser demitir os funcionários. E demitimos ainda outros colaboradores da unidade do centro, restando apenas um”, revela.

Expectativa

O movimento na Elegância A Rigor ainda está parado, conforme a proprietária, mas melhorou um pouco, apesar de tudo. “Nossa expectativa é que, com a vacina, os eventos voltem com mais força e as coisas melhorem para o setor. Acreditamos que tudo voltará ao normal aos poucos, com o avanço da vacinação. Por enquanto, teremos eventos isolados, para menos pessoas”, espera.

Uma pesquisa realizada pelo Sebrae no ano passado, no auge da pandemia, revela que, apesar de terem sido impactadas pela crise, 64% das empresas não previam demissão dos funcionários. Para tentar amenizar os efeitos da crise, empresários negociaram prazos: 34% devolveram o dinheiro para o contratante, mas 35% deles conseguiram negociar crédito para utilizar futuramente. Além disso, a ajuda do governo foi essencial para evitar as demissões.

Segundo Giselle Lima, gerente da loja de aluguel de trajes Ateliê Azevedo, unidade do Ipase, os proprietários só não demitiram funcionários devido ao programa do Governo Federal, que ajudou no pagamento de parte dos salários. “Foi o que nos salvou, pois ajustamos com a redução de horas de trabalho. Agora que estamos nos animando mais, pois passaram a liberar eventos para 50 pessoas e, depois, para 100”, diz.

Muitos clientes que remarcaram eventos, conforme Giselle Lima, estão podendo realizá-los agora. “E já temos procura para novas festas. Podemos dizer que tivemos um incremento de 50% na demanda”, afirma a gerente, informando que a loja tem mais outras duas unidades, nos bairros Angelim e Cohatrac.

Fique por Dentro

Apesar da liberação dos eventos para até 100 pessoas, o protocolo sanitário ainda preconiza medidas de prevenção como o uso de máscaras, de álcool em gel e o distanciamento, mesmo para as pessoas quem já esteja imunizado com as duas doses da vacina.

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