Editorial

Coronavírus avança em cinco estados

Atualizada em 11/10/2022 às 12h16

Um dado alarmante em relação ao novo coronavírus foi divulgado no final de semana pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS): trata-se do número de estados que ultrapassaram a casa de um milhão de casos de Covid-19, com o acréscimo da Bahia, que passa a integrar esse grupo juntamente com São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul.

A marca foi atingida diante da atualização de infecções na Bahia, o primeiro estado do Nordeste na relação. Foram 4.600 casos confirmados em 24 horas. Isso fez o total do estado subir para 1 milhão e 3.523 diagnósticos positivos para o coronavírus.

Ainda na sexta-feira, de acordo com os dados divulgados pelo consórcio de empresas de comunicação, foram registrados em todo o território nacional mais de 49 mil infecções comunicadas. O acumulado, desde o início da pandemia é superior a 16 milhões e 300 mil. O país ainda teve 2.371 mortes relatadas na atualização mais recente. O total de vítimas da doença somou 459.054 no final de semana.

Uma preocupação com os especialistas em saúde, principalmente os médicos da área de infectologia é quanto a revacinação de idosos. A pergunta essencial é se já é hora de pensar em revacinar os idosos?

O país ainda está no começo da campanha de vacinação contra a Covid-19, mas dados novos sobre a eficiência das vacinas e o surgimento de variantes do coronavírus levam as autoridades sanitárias a pensar desde agora quando vai ser necessário imunizar de novo quem já foi vacinado, especialmente os idosos, que integram o grupo de pessoas mais vulneráveis.

No caso da CoronaVac, a vacina mais usada no Brasil contra a Covid-19, a discussão começou após um estudo apontar que a sua efetividade é de 42% para idosos com mais de 70 anos. Isso indica o quanto ela está ajudando a prevenir casos dessa doença.

O índice foi menor do que a taxa de eficácia de 50,38% para adultos em geral medida nos testes clínicos e ficou abaixo dos 50% que a Organização Mundial da Saúde (OMS) considera o mínimo para uma boa vacina.

Mas o Instituto Butantan, responsável pela CoronaVac, contesta os resultados desse estudo. “Não consigo acreditar neles, porque a pesquisa tem problemas graves de metodologia”, diz o diretor médico do Butantan, Ricardo Palacios.

O presidente do instituto, Dimas Covas, negou que seja necessário aplicar uma nova dose nos idosos agora, porque estudos feitos pelo Butantan até o momento mostram que essa vacina protege contra os sintomas da Covid-19, internações e mortes em adultos. “Portanto, fiquem tranquilos. A vacina é eficiente”, disse Covas em um vídeo divulgado pelas redes sociais.

“Neste momento, não existe necessidade de se preocupar com uma terceira dose como foi propalado por aí recentemente. Isso não corresponde aos fatos.”

O presidente do Butantan esclareceu depois de sua participação na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid que provavelmente será necessário aplicar uma dose de reforço da CoronaVac em algum momento. “Isso será necessário para todas as vacinas”, afirmou Covas, acrescentando que o Butantan já estuda a possibilidade. Mas é algo que ocorreria só a partir do próximo ano.

Há cientistas que dizem, no entanto, que pode ser necessário vacinar os idosos de novo antes disso.

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