Saúde

Cerca de 8% da população adulta vai apresentar hérnia umbilical no Brasil

Alteração é mais comum em gestantes e em pessoas com obesidade; no SUS, foram realizadas 12,6 mil cirurgias do tipo no ano de 2020

Atualizada em 11/10/2022 às 12h16
Alteração que leva à hérnia umbilical pode nascer com o paciente ou se desenvolver ao longo da vida
Alteração que leva à hérnia umbilical pode nascer com o paciente ou se desenvolver ao longo da vida (hernia umbilical / saúde)

São Paulo - As hérnias umbilicais atingem 8% da população adulta ao longo da vida, de acordo com a Sociedade Brasileira de Hérnia. A alteração é um defeito na parede abdominal que permite a passagem de porção de um órgão ou de gordura através dela, formando uma protuberância (bolinha) na região.

Ocorre na cicatriz do local de passagem do cordão umbilical. De acordo com o cirurgião e presidente da SBH, Christiano Claus, a alteração pode nascer com o paciente ou se desenvolver ao longo da vida. "Em alguns casos o local de passagem do cordão não fecha de forma adequada nos bebês e, em outros, a hérnia pode ocorrer devido a uma fraqueza fisiológica associada ao aumento da pressão intra-abdominal, como gestação ou obesidade", explicou.

No início, a dor local é o principal sintoma. O médico Marcelo Furtado, vice-presidente da SBH, afirma que a hérnia pode ser identificada com exame clínico. "O paciente apresenta desconforto durante a prática de atividades que melhora com o repouso e tem uma ‘bolinha’ no local dessa hérnia. Exames complementares como o ultrassom são necessários apenas em dúvida do diagnóstico".

A cirurgia é a única forma eficaz para o tratamento das hérnias da parede abdominal.

Riscos da hérnia

As hérnias abdominais correm risco de complicações como o encarceramento e o estrangulamento, que são quadros de emergência médica. O diretor da SBH, Dr. Gustavo Soares, alerta para os sintomas: "Dor intensa e aumento de volume mais acentuado no local da hérnia, obstrução do intestino, vômitos e estufamento abdominal também podem estar presentes".

Nesses casos é essencial buscar uma unidade de pronto-atendimento.

No SUS

Apenas no Sistema Único de Saúde (SUS) foram feitas 25,1 mil cirurgias para reparos de hérnias incisionais em 2019 e 12,6 mil, em 2020 - ano de pandemia e paralisação dos procedimentos eletivos.

Estima-se que sejam realizadas aproximadamente 600 mil operações para reparos de hérnias abdominais ao ano no Brasil, fora de época de pandemia, levando em consideração o sistema público e privado de saúde.

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