Coronavírus

Governo instala barreira sanitária no aeroporto internacional de São Luís

Testagem contra a Covid-19 começou a ser feita no aeroporto como uma estratégica para reforçar o monitoramento dos casos dessa enfermidade no Maranhão

Atualizada em 11/10/2022 às 12h16
Profissional de saúde coleta material em homem para exame na barreira sanitária montada no aeroporto internacional de São Luís
Profissional de saúde coleta material em homem para exame na barreira sanitária montada no aeroporto internacional de São Luís (testagem no aeroporto de são luís / aeroporto cunha machado)

São Luís - O Governo do Estado instalou mais uma barreira sanitária na capital. Nesta quinta-feira, 27, começou a testagem contra a Covid-19, no aeroporto Marechal Cunha Machado, no Tirirical e, segundo o governo, tem como estratégia reforçar o monitoramento dos casos da doença no Maranhão. Dados mais recentes divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) revelam que já foram confirmados 286.945 casos do novo coronavírus em todo o estado e um total de 7.990 óbitos.

O método que está sendo utilizado na ação é o Teste Rápido de Antígeno. Este exame é realizado por meio de amostras coletadas através de swab, ou seja, um cotonete estéril que é inserido no nariz. As pessoas que for diagnosticada com a Covid-19 vai ser imediatamente isolada.

De acordo com o governo, uma estrutura já está montada no aeroporto para receber os pacientes onde terão os primeiros atendimentos médicos, e, em seguida, serão transferidos para um hospital da Grande Ilha. A princípio a testagem está sendo opcional, mas, o Governo do Maranhão tenta conseguir através da Anvisa a autorização para tornar o exame obrigatório.

Já, a primeira barreira sanitária com testagem foi instalada no Terminal de Passageiros da Ponta da Espera e começou no último dia 25. Este local tem a capacidade para realizar até mil testes por dia. Logo no primeiro dia de ação, três pessoas testaram positivo para a Covid-19. Elas estavam assintomáticas e foram impedidas de seguir viagem para a Baixada Maranhense.

O secretário-adjunto de Saúde do Maranhão, Carlos Vinícius Ribeiro, declarou que os testes que estão sendo utilizados ainda não fazem parte do lote dos 600 mil que foram enviados pelo Ministério da Saúde ao Maranhão durante este último fim de semana, mas, que a secretaria tinha em estoque. “As barreiras sanitárias devem aumentar para outros pontos da cidade e um deles é a rodoviária. O teste é voluntário. Os pacientes, que precisarem de atendimento hospitalar, serão encaminhados para alguma unidade de saúde do estado, enquanto, os assintomáticos devem cumprir quarentena por 10 dias, disse Carlos Vinícius.

Esgotamento hospitalar

O governador Flávio Dino ainda ontem esteve reunido, no Palácio dos Leões, com o presidente do Tribunal de Justiça do Maranhão, desembargador Lourival Serejo; presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Othelino Neto; procurador-geral de Justiça do Maranhão, Eduardo Nicolau; conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Washington Oliveira; defensor público-geral do Estado, Alberto Bastos; e o presidente da Federação dos Municípios do Maranhão, Earlânio Xavier para discutir a real situação sobre a pandemia da Covid-19 em todo o estado.

Na presença dos representantes dos poderes do Executivo, Legislativo e Judiciário, Dino afirmou, que, caso não ocorra ampliação de leitos para os infectados da Covid-19 nas próximas 24 horas, os pacientes da Grande Ilha podem ser transferidos para os hospitais do interior do estado. Segundo a SES, na Região Metropolitana de São Luís atingiu a taxa de ocupação de 97,3% dos 269 leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) disponíveis nos hospitais públicos e 86,65% de leitos clínicos estão ocupados por pacientes.

Dino informou que somente em um intervalo de 24 horas foram internados um total de 151 infectados de Covid-19 nos hospitais da rede pública, localizados na Região Metropolitana de São Luís. “Ainda não há colapso hospitalar, mas, se novos leitos não forem abertos na Ilha em 24 horas, tanto no público e privado, pacientes devem ser transferidos para os hospitais do interior”, disse o governador.

Ele também afirmou que o aumento dos casos do coronavírus no estado não é em razão da contaminação da cepa indiana do coronavírus, chamada de B.1.617, mas, devido a variante de Manaus, denominada de P1. “A variante de Manaus chegou bem forte não só no Maranhão, mas também em outros estados do país e, no momento, há vários casos”, frisou o governador.

Dino chegou a solicitar o apoio dos outros poderes para evitar o colapso da rede hospitalar estadual. Ainda nesta semana, Othelino Neto, Eduardo Nicolau, Washington Oliveira e Alberto Bastos vão buscar soluções para ampliar os leitos destinados a pacientes do coronavírus, principalmente, de UTI. Um dos alvos é o Hospital Universitário Presidente Dutra (HU-UFMA), no centro da cidade. Inclusive, essa unidade de saúde há infectados de Covid-19 em tratamento. “Neste momento, os poderes devem trabalhar unidos para combater essa doença. Na próxima semana, realizaremos uma nova reunião de monitoramento e análise de dados com o objetivo de adotar novas medidas de combate ao coronavírus no Maranhão”, comentou o governador.

Ainda não há colapso hospitalar, mas, se novos leitos não forem abertos na Ilha em 24 horas, tanto no público e privado, pacientes devem ser transferidos para os hospitais do interior”.Flávio Dino - governador do Maranhão

Número

2 barreiras sanitárias para monitorar o novo coronavírus no Maranhão

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