Prevenção

Após flexibilização, fiscalização é intensificada em bares da Grande Ilha

Vigilância Sanitária Municipal fiscalizou 270 estabelecimentos e não houve autuação; SES realizou 101 fiscalizações, sendo 30 em bares e eventos, com 5 autuações e 2 interdições

Ismael Araújo / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h16
Equipe do Município e do Estado em ação conjunta na capital
Equipe do Município e do Estado em ação conjunta na capital (fiscalização / procon / vigilância sanitária)

São Luís - Duzentos e setenta estabelecimentos comerciais foram fiscalizados pela equipe da Vigilância Sanitária Municipal nos dois últimos fins de semana, após a mudança nas regras sanitárias do governo estadual que flexibilizou a realização de eventos com até 100 pessoas na Grande Ilha. Dados mais recentes da Secretaria de Estado da Saúde (SES) revelam que a Covid-19 já infectou 284.675 pessoas no Maranhão. Também há o registro de seis casos confirmados da variante indiana do coronavírus, a B.1.617.

A informação sobre as fiscalizações é da Secretaria Municipal de Saúde (Semus). O trabalho tem entre os objetivos verificar se esses pontos comerciais estão cumprimento as normas restritivas de combate ao coronavírus, incluindo o distanciamento social, evitando aglomeração, o uso de máscara e a utilização do álcool em gel.

Ainda segundo a Semus, no decorrer dessas ações, não houve autuação de estabelecimento por descumprimento do protocolo sanitário em vigência e a equipe da Vigilância Sanitária vai manter a ações de fiscalizações na capital, no próximo fim de semana, principalmente durante o período da manhã e da noite.

Já a Secretaria de Estado da Saúde (SES) informou, por meio de nota que, entre os dias 21 e 23 deste mês, foram realizadas 101 fiscalizações, sendo 30 delas em bares e restaurantes e espaços com eventos para até 100 pessoas. Desses, 5 foram autuados e 2 sofreram interdição sanitária, por descumprir o horário permitido e apresentar com a ocupação além da estabelecida em decreto.

Na Ilha, está liberada a realização de eventos com até 100 pessoas, até 23h, como também o funcionamento de bares, restaurantes e supermercados, das 6h às 0h. Os estabelecimentos devem funcionar com 50% da capacidade. A vigência das medidas vale até o próximo dia 31, quando devem ser divulgadas novas diretrizes.

Saldos de ações

A equipe da Superintendência de Vigilância Sanitária (Suvisa), serviço ligado à Secretaria de Estado da Saúde (SES), também realiza ações de enfrentamento à Covid-19 e desde o mês de março do ano passado já ocorreram mais de 10 mil ações em toda a Grande Ilha. Também foram inspecionados mais de nove mil pontos comerciais, realizadas cerca de 900 blitzen para verificação do cumprimento das normas restritivas e 121 barreiras sanitárias no Aeroporto Internacional Marechal Cunha Machado, localizado no Tirirical.

Na Ilha de São Luís, os agentes sanitários identificaram maior incidência de descumprimentos do protocolo sanitário nos bairros como Centro (6,8%), São José de Ribamar (6,6%), Calhau/Litorânea (6,2%), Cohatrac (4,3%), Cohama (3,7%), Cohab (3,4%) e João Paulo (3,1%). Dos estabelecimentos visitados, a categoria Moda foi a que apresentou maior destaque com 18,1% (1.826 inspeções), seguido das categorias Bares/Restaurantes com 14,7% (1.480) e Supermercados com 11,6% (1.164).

As atuações da Vigilância Sanitária Estadual contam com a parceria do Corpo de Bombeiros (CBMMA), Polícia Militar (PMMA) e do Instituto de Promoção e Defesa do Cidadão e Consumidor do Maranhão (Procon/MA). Elas são efetuadas diariamente, incluindo sábados, domingos e feriados, nos três turnos.

Variante indiana

O epidemiologista Antônio Moura da Silva declarou que a variante indiana é mais transmissível do que a cepa britânica, mas, ainda não há comprovação científica que ocasione a doença de forma mais grave. “Supõe-se que a cepa indiana é muito mais transmissível do que a variante original”, frisou Antônio Moura.

Ele informou que o alívio é que as vacinas da Pfizer e da AstraZeneca podem combater a cepa da Índia. Também até o momento há dúvidas se essa variante vai se alastrar no país em razão da existência da variante brasileira do coronavírus, denominada de P1. “Caso a P1 for mais transmissível do que a variante indiana, então, vai ser difícil a cepa da Índia conseguir fazer milhares de infectados”, explicou o epidemiologista.

Antônio Moura também disse que o lockdown é uma medida possível quando o número de leitos no hospital não for mais suficiente para atender aos que necessitam de internação. No momento, no Maranhão está tendo um aumento na quantidade de infectados do coronavírus e nos casos de internação. “A ocupação de leitos da UTI na capital está muito alta, acima de 90%. Caso o número de pacientes com necessidade de terapia intensiva continuar a subir, então, vai ser difícil abrir mais leitos”, contou o médico.

Saiba Mais

Nota da SES
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) informa que, entre os dias 21 e 23 de maio, foram realizadas 101 fiscalizações. Destas ações, 30 inspeções foram realizadas em bares e restaurantes, bem como espaços com eventos para até 100 pessoas. Dos estabelecimentos fiscalizados, 5 foram autuados, 2 sofreram interdição sanitária, por descumprir o horário permitido e apresentar com a ocupação além da estabelecida em decreto.

A SES comunica, ainda, que ações são avaliadas diariamente, podendo ter o planejamento revisto a qualquer momento, dependendo da dinâmica observada pelas ações de fiscalização realizadas quanto à observação do atendimento aos protocolos pelos estabelecimentos, assim como dos dados epidemiológicos referentes à pandemia da Covid-19, principalmente quanto ao ritmo de contágio, taxa de letalidade e ocupação de leitos hospitalares, dentre outros.

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