São Luís - Professores de cursos de língua estrangeira estão preocupados por não conseguirem ser vacinados, já que são docentes e as vacinas para essa categoria estão liberadas. O problema é que apenas alguns conseguiram a imunização, por meio de declaração emitida pelos gestores ou da lista encaminhada pelos cursos à Prefeitura de São Luís.

Ontem, um professor que preferiu não ser identificado, ligado ao curso de língua estrangeira KNN Idiomas, localizado na Lagoa da Jansen, contou que, mesmo com a lista tendo sido encaminhada à Prefeitura de São Luís, não conseguiu a primeira dose.

“Fiquei na fila por horas e, quando chegou a minha vez, disseram que ainda não estavam vacinando professores de cursos de línguas, sendo que professor é professor em qualquer lugar, e todos nós temos contato com vários alunos dentro das salas de aula”, contou o docente.

Falta de informação

Ele disse, ainda, que soube de amigos que, pelo mesmo processo, conseguiram se imunizar, o que, na opinião dele, denota a falta de informação nos pontos de vacinação e a desorganização do processo. “Por que uns conseguem e outros não, sendo que eles só vacinam quem está na lista encaminhada e sabemos que muitos que se enquadram nesses pré-requisitos estão dando meia-volta?”, chateou-se.

A mesma reclamação partiu de professores de outros cursos, que ainda não conseguiram se imunizar. A prova de que uns conseguem e outros não é o relato da professora Carmen Nogueira, do curso de Inglês IES Idiomas, localizado na Cohab.

“Nós conseguimos nos vacinar há uma semana, na Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Encaminhamos a lista e conseguimos. Mas foi muita dificuldade para obter as informações antes, pois não sabíamos para onde enviar a lista”, contou a professora.

Outro lado

Questionada por O Estado, a Secretaria Municipal de Saúde (Semus) informou que, desde o início da campanha de vacinação contra a Covid-19, vem seguindo as diretrizes do Ministério da Saúde. E que, nesta etapa, o órgão orienta vacinar trabalhadores da educação do Ensino Básico (creches, pré-escolas, Ensino Fundamental, Ensino Médio, profissionalizantes e EJA) e trabalhadores da educação do Ensino Superior, devidamente cadastrados como instituições de ensino regular pelo Censo Escolar.

O órgão foi perguntado, também, sobre quando as vacinas estarão liberada para os professores de cursos de idiomase informou que, tão logo sejam ofertadas doses para vacinação de profissionais das demais instituições de ensino, incluindo cursos de idiomas, a Semus atenderá a esse público, de maneira imediata. No entanto, não informou expectativa de prazos.

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