Novos hábitos

Pesquisa: 64% dos brasileiros aprovam o home office

Estudo recente revela os hábitos comportamentais que serão mantidos pelos brasileiros no "novo normal"; compra pela internet e mais tempo com família mantém índice de continuidade maior que 90%

Atualizada em 11/10/2022 às 12h16
Ficar mais perto da família é um dos atrativos do home office
Ficar mais perto da família é um dos atrativos do home office (home office)

São Paulo - O Brasil chega aos 14 meses de quarentena, e o brasileiro teve que se reinventar e realizar uma série de adaptações no seu dia a dia, adotando uma postura de mais cuidados com essa nova rotina imposta. A Hibou - empresa de monitoramento de mercado e consumo - fez um estudo que revela como serão os hábitos e comportamentos com a vacinação e o fim do isolamento.

"Muitos hábitos bacanas serão mantidos assim que tudo isso terminar. Estamos de fato vivendo de uma maneira diferente e, para uma boa parte dos brasileiros, as compras pela internet continuará sendo muito utilizada. A saúde física e mental seguem com peso maior nas prioridades do dia a dia, assim como a interação maior com a família e pessoas que amamos. Empatia e ajuda ao próximo devem se manter presentes, já que 98,8% das pessoas que doam cestas básicas vão manter essa iniciativa após a fase de isolamento.", explica Ligia Mello, sócia da Hibou, e responsável pela coordenação da Pesquisa.

O home office foi uma grande mudança comportamental no novo normal dos brasileiros, 57,7% dos entrevistados trabalham em casa e 64,8% deles deve manter o mesmo regime de trabalho no futuro. Uma parte de 81,1% fica grudado no celular o dia todo e, desse total, 72% pretende manter o hábito.

Bate-papos virtuais
As atividades e ferramentas digitais de integração social, principalmente no trabalho e na hora de se distrair, foram desde o início importantíssimas para a saúde mental da população nesses tempos difíceis.
Dos 80,6% que se divertem com amigos no whatsapp, 97,8% continuará brincando nos grupos. Para eventos online de lazer e negócios (56,2%), reuniões virtuais (57,5%) e reuniões de família pela internet (39,3%), respectivamente, o valor de continuidade dessas atividades é 84,3%, 83,4%, 63,5%.

"Foi muito interessante para nós observar como o brasileiro conseguiu se adaptar ao momento difícil e conseguiu compor uma rotina com hábitos antigos ajustados à necessidade de reclusão, e, agora, a grande maioria têm tudo para continuar fazendo parte do nosso dia a dia. Basta olhar para as altas porcentagens que medem a intenção comportamental de manter essas atividades assim que for anunciado o fim da pandemia. Novos hábitos, é claro, também continuam, como as compras de mercado pela internet ou apps.", acrescenta, Ligia.

Saúde
A saúde física e mental tem um peso ainda maior quando toda a população mundial encontra-se em isolamento social por mais de um ano. No Brasil, a pesquisa também mostrou que, com índice de continuidade acima de 90%, no cenário pós pandemia, ainda serão hábitos atividades como exercício físico ao ar livre (58,9%), tomar vitaminas diariamente (58,3%), meditação (28,2%) e faxina residencial (91,6%). Dormir mais (74%) e usar álcool gel diariamente (96,4%), continuará firme no dia a dia para 82,9% e 88,5%, respectivamente.

Uma maioria de 98,5% utiliza máscara em locais públicos fechados, mas apenas 60,7% continuará usando com o fim da pandemia. Metade dos entrevistados praticam exercícios em casa e 76,8% deve manter o costume.

Entretenimento
Para atividades que precisam ser feitas fora de casa, o cenário não é dos melhores. Apesar de ser uma fatia pequena dos que possuem o hábito de realiza-las de acordo com o novo normal, ou seja, de maneira online, como visitar museus (21%), assistir à peças de teatro (16,2%) e fazer cursos (64,2%), em todos os três casos, mais da metade continuará com a prática sem cair de casa.

Os números são bons para o streaming. Dos que assinam três ou mais serviços (41,9%), 79,5% deve continuar com as assinaturas. Outras atividades devem se manter forte com o fim da pandemia, é o caso dos que leem livros e revistas (99%), dos que fazem maratona de seriados (96,8%), jogam pelo celular (94,2%), ouvem podcasts (93,8%) e jogam games de console (88,85). l

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