Violência sexual

Operação contra rede de pedofilia é realizada no Maranhão

O cerco policial foi deflagrado pela polícia no Dia Nacional de Combate a Abusos e Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes em 18 estados e no Distrito Federal

Atualizada em 11/10/2022 às 12h16
No Maranhão, houve um mandado de busca e apreensão cumprido
No Maranhão, houve um mandado de busca e apreensão cumprido (Operação)

São Luís - No Dia Nacional de Combate a Abusos e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, na terça-feira, 18 de maio, a polícia realizou a operação Lótus para desarticular ações de integrantes de uma rede mundial de exploração infantil. O cerco ocorreu no Maranhão como também em mais 18 estados do país e, pelo menos, cinco pessoas foram presas em flagrantes pelo crime de pedofilia.

No Maranhão, houve um mandado de busca e apreensão cumprido durante essa operação, segundo a polícia. Enquanto, no estado do Rio de Janeiro, a polícia cumpriu nove mandados de buscas e apreensão e cinco criminosos foram presos em flagrante.

Também foram cumpridos mandados de busca e apreensão na Bahia, um total de cinco; no Ceará, três; Piauí, um; Rio Grande do Norte, um; Pernambuco, dois; Sergipe, um; Distrito Federal, um; Espírito Santo, três; Goiás, cinco; Mato Grosso, dois; Minas Gerais, seis; Pará, quatro; Paraná, um; Rio Grande do Sul, seis; Rondônia, um; Santa Catarina, um; e em São Paulo, 15 mandados cumpridos.

O delegado Adriano França, que chefia a Delegacia da Criança e Adolescente Vítima do Rio de Janeiro, declarou que as investigações duraram mais de um ano e começaram após uma análise dos dados até o ano de 2019 do Disque Denúncia 100. Foram mais de 86 mil denúncias que tinham sido registradas e sendo cerca de 17 mil de abusos sexuais que tinham como vítimas crianças e adolescentes.

No decorrer da investigação, segundo o delegado, ficou constatado que havia uma rede mundial de computadores em que diversos grupos trocavam fotos e vídeos com imagens estarrecedoras de crianças e adolescentes, inclusive, de bebês. “É uma das maiores investigações contra a pedofilia”, contou o delegado.

Ele disse que levando em conta o número de subnotificações e o silêncio das vítimas, o número de casos desse tipo de crime é bem maior como também há um outro lado preocupante se dá em razão da pandemia em que a polícia percebeu uma curva crescente de casos de violência sexual contra a criança e o adolescente. “É dever um moral denunciar qualquer tipo de violação dos direitos humanos, em especial, quando as vítimas são crianças e adolescentes, em razão da vulnerabilidade destes seres em formação”, comentou o delegado.

Casos na DPCA

Dados da Polícia Civil revelam que no ano passado houve 72 casos de estupro de vulnerável registrados na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), na Beira-Mar, ou seja, uma média de seis registros por mês. Somente nos quatro primeiros meses do ano passado, foram registrados 42 casos de abuso e exploração sexual contra menores, na DPCA, sendo 15 registros em janeiro, 7 em fevereiro, 13 em março e 7 casos em abril.

Em 90% dessas ocorrências, a violência foi cometida dentro da residência da vítima por uma pessoa da própria família. Ao longo do ano de 2019, dos 405 inquéritos instaurados para abertura de investigação de crimes sexuais no estado, na DPCA, 300 casos foram por estupro de vulneráveis, ou seja, cometidos contra crianças menores de 14 anos.

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