Pandemia

Estudantes de enfermagem da UFMA fazem apelo em carta aberta

Estudantes afirmam que a universidade se eximiu de garantir um retorno das atividades do curso; procurada por O Estado, a UFMA afirmou manter negociações com a gestão do curso

Kethlen Mata/ O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h16
Alunos do CAERD fizeram carta aberta para divulgar situação do curso na UFMA
Alunos do CAERD fizeram carta aberta para divulgar situação do curso na UFMA (UFMA)

São Luís – O Centro Acadêmico de Enfermagem Rosilda Dias (CAERD) da Universidade Federal do Maranhão, divulgou carta aberta pedindo atenção pública a uma série de problemas relatados no documento, que foi publicado nesta segunda-feira, 17. Em nota, a instituição afirmou que mantém diálogo aberto com os alunos e que vêm acontecendo diversas negociações com a gestão do curso de enfermagem, para que as demandas solicitadas sejam atendidas.

No documento, assinado por Beatriz Sousa e Daniel Lima, 1º e 2º secretários do CAERD, respectivamente, o curso alega que a Universidade se exime da responsabilidade de garantir um retorno seguro e bem planejado das atividades teórico-práticas desenvolvidas em laboratório e campos de prática nas Unidades de Saúde do estado e município.

“O que obtivemos depois de várias reuniões, tentativas de diálogo e articulações com vários setores da UFMA (Pro Reitoria de Ensino, Departamento de Enfermagem e Coordenação do curso de Enfermagem) e da Secretaria de Estado da Saúde do Maranhão; foram resultados sem efeito na continuação do nosso processo de formação”, relata a carta.

Diante do exposto, a Universidade afirmou a O Estado, através de nota enviada nesta terça-feira, 18, que a Resolução 2.078 - Consepe, estabeleceu que as ações que envolvem o ensino e as aulas nos cursos de saúde, neste período de pandemia, são definidas pelo Colegiado de cada Curso.

Outro ponto citado na carta se refere ao prédio de enfermagem, que segundo os alunos, está abandonado. “Nós carecemos de um laboratório adequado a nossa formação e que nos proporcione biossegurança contra a Covid-19 e de uma estrutura própria para desenvolvermos nossas atividades de Ensino, Pesquisa e Extensão”, destacou.

A UFMA, em nota para, informou que em 2015, foi feita uma ampliação na área construída que a duplicou e deixou de 70% finalizada e que a gestão anterior não deu andamento à obra. “Nesta gestão, já foram solicitadas dotações orçamentárias para a conclusão da construção”, afirmou a instituição.

Além disso, o departamento criticou a decisão da instituição negar a participação de professores do curso como preceptores na Campanha de Imunização da Secretaria Municipal de Saúde de São Luís (Semus). A UFMA foi questionada sobre essa reclamação em específico, no entanto, a reportagem não obteve resposta para essa questão. A Universidade disse apenas, que o Hospital Universitário (HU-UFMA), um dos campos de estágios para os alunos da área de saúde, vem sendo um ponto importante de apoio do Maranhão no enfrentamento à Covid-19.

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