CPI

Renan diz ao STF que silêncio de Pazuello prejudicaria CPI da Covid

Advocacia-Geral da União (AGU) pediu para que o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, permaneça calado no depoimento à CPI. O habeas corpus aguarda decisão.

Atualizada em 11/10/2022 às 12h16
(pazuello / plano vacina / covid-19)

BRASÍLIA - O relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, senador Renan Calheiros (MDB-AL), enviou nesta sexta-feira (14) um ofício ao ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF).

No documento, Renan se manifesta contra o pedido da Advocacia-Geral da União (AGU) para que o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, permaneça calado no depoimento à CPI. Lewandowski é o ministro que decidirá sobre o pedido. Segundo Renan Calheiros, se o pedido for atendido, o trabalho da comissão pode ser prejudicado.

No recurso, a AGU pede que Pazuello possa ficar calado sempre que entender que não precisa responder a perguntas dos senadores. O órgão quer, ainda, que o ex-ministro da Saúde possa ficar imune a algumas medidas, como prisão. O depoimento de Pazuello está marcado para próxima quarta-feira (19) (veja mais abaixo).

“A ausência de seu depoimento ou sua recusa em responder as perguntas prejudicará sobremaneira a condução dos trabalhos da CPI da Pandemia”, disse Renan.

Renan Calheiros argumenta em seu ofício que, ao permanecer calado, Pazuello "aparentemente pode estar objetivando proteger possíveis infratores, cujos nomes poderiam surgir de seu depoimento".

"Ao demandar o auxílio do Judiciário para não responder a algumas ou todas às perguntas da CPI, à sua escolha, o Sr. Eduardo Pazuello aparentemente pode estar objetivando proteger possíveis infratores, cujos nomes poderiam surgir de seu depoimento. Isso não faz parte do seu direito de não auto-incriminação, mas, ao contrário, insere-se na sua obrigação de, como cidadão, prestar um testemunho verdadeiro", afirmou.

O relator afirma que o ex-ministro, "é provavelmente a testemunha com o maior volume de informações a prestar para a delimitação da investigação" devido a "duração da sua gestão à frente do ministério".

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