Covid-19

Dino revela que ações contra a pandemia são articuladas pelo WhatsApp

Governador disse que articulação ocorre por ausência de coordenação nacional no enfrentamento ao vírus; segundo ele, governo federal deveria protagonizar

Ronaldo Rocha / Da Editoria de Política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h16
Governador revelou como o governo tem agido na pandemia
Governador revelou como o governo tem agido na pandemia (Flávio Dino)

BRASÍLIA - O governador Flávio Dino (PCdoB) afirmou, em entrevista concedida ao portal Congresso em Foco, que todas as ações coordenadas de governadores no combate à pandemia da Covid-19 são articuladas por meio de um grupo administrado via WhatsApp.

Ele afirmou que a articulação de governadores ocorre por causa do suposto desinteresse de o Governo Federal liderar as ações e abrir canal de diálogo com os chefes de Executivo estadual.

“Quando foi constituído este tal comitê nacional com um ano de atraso, nós alertamos muito enfaticamente e formalmente que isso não daria certo. Até por uma imprecisão terminológica. Inconstitucional, uma vez que a Constituição alude à constituição dos três entes que compõem a federação. Como se faz um comitê nacional sem estados e municípios? O que nós dissemos se confirmou. Que este comitê nacional era apenas algo retórico, que não produziria nenhum efeito prático e aí está, ninguém nunca mais ouviu falar do tal comitê nacional criado por um decreto do presidente. Decreto errado”, justificou.

Dino afirmou que os 27 estados integram essa organização por meio do aplicativo de troca de mensagens, mas pondera que a articulação no formato atual, não era o ideal.

“Não é o ideal, mas é o que nós conseguimos construir e fazemos isso diariamente, com os consórcios, fóruns regionais de governadores e o fórum nacional que está em reunião permanente por intermédio do grupo de WhatsApp, que mantemos dos 27 estados e é por ali que construímos documentos, políticas, trocamos informações sobre procedimentos, o que está dando certo, o que pode dar mais certo, informando sobre proposições mitigadoras socioeconômicas. O ideal é que houvesse um comitê nacional de verdade, mas até hoje não existiu, quem sabe a CPI do Senado consiga adotar neste passo institucional imprescindível e que estranhamente, até agora não foi adotado”, completou.

Moderação

Flávio Dino também se manifestou sobre a investigação a estados e municípios no bojo da CPI instalada no Senado da República. Ele disse, contudo, que é preciso haver "moderação" no colegiado.

“Temos de separar o joio do trigo. Uma coisa são investigações legítimas, que fazem parte da vida republicana. Eu defendo investigações. O que sou contra é o estabelecimento de perseguições. A milicianização de instituições para servir a propósitos de pequenos grupos, de poderosos de ocasião. Isso é a separação que temos de fazer. A CPI no Senado pode e deve investigar o uso de recursos federais em estados e municípios, mas com seriedade, moderação, compromisso aos fatos e não repetindo fake news, mentiras de que eram bilhões ou trilhões e que todos os governadores roubaram”, finalizou.

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