Editorial

Novas medidas para a pandemia

Atualizada em 11/10/2022 às 12h16

Na última sexta-feira, 7, o governador Flávio Dino (PC do B) anunciou flexibilização das medidas para o controle do coronavírus. Desde ontem, 10, foi autorizada a realização de eventos para até 50 pessoas. No sábado, 15, passa a ser permitida música ao vivo em bares e restaurantes de todo o território estadual - que, a partir de então, também poderão fechar uma hora mais tarde, passando das 22h para as 23h. No próximo dia 17, será permitida a realização de eventos para até 100 pessoas.

As igrejas podem funcionar, mas apenas com 50% de ocupação e o comércio também segue com horário reduzido de funcionamento. De acordo com o anúncio do governador, as medidas estão acontecendo de forma lenta e progressiva, para evitar o aumento de casos da doença.

A flexibilização acontece quando o Maranhão registra 7.532 óbitos e 21.437 casos ativos da doença. Em relação à ocupação dos hospitais na Grande Ilha, apesar da redução os números ainda são altos. Os leitos de UTI dedicados ao tratamento da doença estão com a ocupação de 84,87% e os leitos clínicos ainda estão em 72,01%. Embora, o cronograma de vacinação esteja acontecendo, ainda está sendo seguido apenas para grupos prioritários, e, portanto, a imunização total da população ainda deve demorar um pouco para ser efetivada.

As medidas são formas de conscientizar a população para a importância de também se prevenir em relação à propagação da doença. Desde os primeiros anúncios das medidas de segurança para combater a doença, as autoridades públicas estaduais pedem a colaboração da população para seguir as medidas de distanciamento social, uso de máscara e higienização das mãos. Recomendações que são feitas ao longo de um ano da pandemia, mas ao que parece foram sendo banalizadas pela população com o passar dos meses da pandemia.

Discursos negacionistas colocam em dúvida a eficácia do uso de máscaras, há quem ainda defenda o argumento que apenas pessoas com alguma doença preexistente pode ter a doença de forma mais grave e também nunca se tentou desqualificar tanto a opinião de cientista em relação à vacina. Líderes brasileiros que deveriam incentivar a população a não abandonar as medidas de segurança individual aparecem em eventos públicos sem usar máscaras, provocando aglomerações. Um comportamento que pode ser definido no mínimo, como contraditório em relação ao atual cenário da doença no país em que mais de 420 mil pessoas foram mortas pela Covid-19, entre personalidades famosas, anônimos, jovens e idosos. A doença não faz distinção, só espalha dor e luto.

É claro que a flexibilização das medidas de enfrentamento à Covid-19 precisem ser implementadas, até para não prejudicar empresas que foram muito sacrificadas pelos efeitos da pandemia, como o segmento de bares e restaurantes e também da cultura. O que se espera é que a flexibilização seja acompanhada por fiscalizações e também pela consciência de cada um, sobre a necessidade de continuar se protegendo em relação à doença. A proteção individual é uma responsabilidade para não termos mais tantas perdas coletivas causadas pelo coronavírus.

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