Covid-19

CPI da Pandemia pode ouvir secretário do Consórcio Nordeste

Consórcio do qual o Maranhão faz parte efetuou compra de 300 respiradores, mas acabou não recebendo os produtos

Gilberto Léda/ Da editoria de Política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h16
Requerimento sobre convocação de secretário-geral do consórcio ainda será analisado por membros da CPI
Requerimento sobre convocação de secretário-geral do consórcio ainda será analisado por membros da CPI (Senado CPI)

Um requerimento apresentado na CPI da Pandemia pelo senador Eduardo Girão (Podemos-CE) pode culminar com a convocação do secretário-geral do Consórcio Nordeste, Carlos Gabas.

O pedido do parlamentar cearense ainda não foi aprovado, mas deve ser deliberado nesta semana.

Gabas foi ministro da Previdência Social nos governos dos ex-presidentes petistas Lula e Dilma Rousseff, e atualmente comanda os processos de compras do colegiado de governadores nordestinos.

Passou por ele, por exemplo, a primeira malsucedida compra de 300 respiradores feita pelo consórcio, ainda no ano passado. Pelo negócio, a entidade pagou R$ 48,7 milhões à HempCare Pharma, mas não recebeu os equipamentos, nem o dinheiro de volta.

Desse valor, R$ 4,9 milhões foram pagos pelo Governo do Maranhão, por 30 respiradores – cada um custou R$ R$ 164.917,86.

Numa segunda tentativa de compra, desta vez de um fornecedor da Europa, o valor subiu: cada aparelho saiu pela bagatela de R$ 218.592,00 – desta feita, houve devolução do recurso, mas, no caso do Maranhão, com prejuízo de R$ 490 mil, em virtude do deságio do Euro na ocasião.

O caso segue sendo apreciado em um procedimento de controle no TCE-MA, mas um inquérito que tramitava no Ministério Público do Maranhão foi arquivado.

Na esfera federal, o Consórcio Nordeste é alvo de uma investigação.

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