Criminalidade online

Aumenta crime de pedofilia virtual no período da pandemia

Pedófilos virtuais utilizam as redes sociais e outras plataformas para obter e divulgar vídeos e fotos de crianças e adolescentes despidos ou sendo abusados

Atualizada em 11/10/2022 às 12h16
Crimes de pedofilia podem ser registrados na Delegacia Online
Crimes de pedofilia podem ser registrados na Delegacia Online (delegacia online)


O período pandêmico da Covid-19 não afetou só a rotina dos adultos e idosos, mas também das crianças e adolescentes. Em casa, devido seguir as medidas de isolamento social e sem frequentar a escola, eles podem ficar mais vulneráveis ao contato com o mundo virtual como também serem vítimas de ações dos pedófilos virtuais. Os criminosos utilizam as redes sociais ou outros tipos de plataformas digitais para divulgar e obter nudes e imagens de crianças e adolescentes sendo abusados sexualmente.

Segundo a polícia, os primeiros passos dos pedófilos virtuais são o envio do convite de amizade para as suas vítimas. Logo após, ocorrem as trocas de mensagens e com o passar de alguns dias há o envio de fotos íntimas, conhecidas popularmente como nudes. Neste momento, a sedução começa a dar lugar à extorsão, ameaças e exigências.

Os criminosos, na maioria das vezes, passam por pessoas atraentes, bons de papos e jovens como também utilizam um perfil falso para se comunicar com as suas vítimas. No decorrer das conversas, eles chegam a pedir outros tipos de contatos e o número de celular é um deles. Por aplicativo de mensagem, como o WhatsApp, segue a conversa e a troca de fotografias íntimas.

Os criminosos conseguem obter o material pornográfico infantil por meio do Twitter, Facebook, Instagram e dos fóruns anônimos. Geralmente, eles conseguem os packs (pacotes) nos fóruns digitais e buscam nas outras plataformas digatis o “upload” de novos materiais. Os packs em que se referem são imagens de crianças, em muitos dos casos despidas ou enquanto estão sendo abusadas.

No Maranhão há o Departamento de Combate a Crimes Tecnológicos (DCCT), ligado à Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic), para combater os crimes virtuais. O delegado da DCCT, Odilardo Muniz, declarou que, apesar de ainda não ter as estatísticas, o crime de pornografia seja infantil ou adulta na internet aumentou bastante em razão do isolamento social durante esse período de pandemia. As pessoas têm tido mais acesso aos sites pornográficos e também instalam determinados aplicativos no seu celular em que tem a cesso a imagens pornográficas, inclusive, de crianças e adolescentes.

O delegado informou que a polícia tem trabalhando para combater esse tipo de crime na internet e uma delas é a deflagração da operação Luz na Infância. Este cerco policial é realizado em todo o país e coordenado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. Um dos últimos trabalhos ocorreu no fim do ano passado em 10 estados do Brasil e resultou em 109 prisões em flagrante e em cumprimento de ordem judicial.

Outros cercos

A Polícia Civil, com o apoio do setor de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública (SSP) e de guarnições da Polícia Militar, realizou a operação Auto-Reserve, no último dia 6, em Turiaçu para combater crimes digitais.

No decorrer do cerco, foram executados mandados de busca e apreensão em várias residências dessa cidade em razão de uma investigação contra perfis de redes sociais que estavam praticando injúria, difamação e divulgação de cena de nudez e pornografia contra várias pessoas, incluindo menores, na Internet.

Vários celulares foram apreendidos, sendo estes, enviados ao Centro de Inteligência do sistema de segurança, em decorrência de decisão judicial. As investigações seguem em andamento para a completa identificação dos autores dos crimes relacionados.

Um maranhense da cidade de Gonçalves Dias, nome não revelado, foi preso no mês de outubro do ano passado acusado de ter abusado sexualmente de cerca de 90 meninos da capital federal. De acordo com a polícia, ele utilizava perfis falsos no Instagram para atrair as vítimas.

A polícia informou que o criminoso ode ter conversado com centenas de meninos ao mesmo tempo. Além de ameaçar as vítimas para conseguir vídeos de cunho sexual, ele compartilhava essas imagens entre os garotos, incentivando-os a produzir o material pornográfico.

Saiba Mais

Como não cair no golpe dos cibercriminosos

Evite iniciar conversas por meio de aplicativos de mensagens com perfis desconhecidos.

Não troque fotografias, que possam ter conotação íntima, por meio de aplicativos, como WhatsApp ou Messenger.

Evite conversas por meio de aplicativos com prefixo telefônico desconhecido.

Não faça depósitos, transferências ou pagamentos para desconhecidos.

Se for vítima de algum golpe ou de tentativa de abordagem desse tipo, procure a polícia e registre ocorrência

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