Estado Maior

Peças em movimento

Atualizada em 11/10/2022 às 12h16

O anúncio do ex-prefeito Edivaldo Holanda Júnior, de São Luís, de sua desfiliação do PDT – feito na sexta-feira, 7, nas redes sociais – é mais um movimento importante para se entender o tabuleiro da sucessão do governador Flávio Dino (PCdoB), em 2022.

O (agora) ex-pedetista pode estar de olho em uma candidatura ao posto do comunista, embora admita também ser candidato a vice-governador.

Para isso, no PDT não poderia ficar.

O partido segue sob a batuta do senador Weverton Rocha, que almeja, ele próprio, ser candidato a governador.

Por isso, a saída de Edivaldo, antes de um rompimento, é uma alternativa ao próprio grupo liderado pelo parlamentar. Uma opção a mais que pode surgir dentro da base aliada ao Palácio dos Leões, que já conta, também, com a pré-candidatura do vice-governador, Carlos Brandão.

O ex-prefeito ainda não tem rumo definido, mas tem sido procurado por partidos como o PTB, o Republicanos e o PSD, que, aliás, já fez convite oficial.
A decisão, contudo, não deve sair agora.

Ainda há praticamente um ano para se debater sobre o tema.

Agradeceu
Edivaldo Holanda Júnior saiu do PDT agradecendo às lideranças e à militância do partido, no qual ele passou cinco anos.

- Agradeço o carinho e apoio que recebi no PDT durante os cinco anos de convivência muito respeitosa. Sigo novos rumos a partir de agora, mas ressalto que permanecem a admiração e amizade. O meu muito obrigado ao presidente estadual, senador Weverton Rocha, com quem me reuni ontem; ao presidente municipal, vereador Raimundo Penha, e aos demais membros da direção no estado e capital -, destacou.

Devolveu
O governo Flávio Dino (PCdoB) “devolveu” ao Ministério da Saúde, nesta semana, 10 leitos de UTI exclusivos para pacientes com coronavírus que haviam sido implantados no Hospital de Traumatologia e Ortopedia (HTO), em São Luís.

A desativação dos leitos foi solicitada pelo titular da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Carlos Lula, em ofício enviado ao Ministério da Saúde, no dia 6 de maio.

E ocorre meses depois de o próprio Estado recorrer ao STF pedindo a habilitação de 279 leitos de UTI/Covid-19, o que foi atendido em liminar da ministra Rosa Weber.

Melhora
Ao justificar o pedido de desativação dos leitos de UTI exclusivos para pacientes com Covid-19, a SES alega melhora no quadro da pandemia no Maranhão, em razão de medidas adotadas pelo governo estadual, e necessidade de atender “demandas provenientes voltadas para outras patologias” (sic).

Na sexta-feira, 7, por exemplo, governador Flávio Dino (PCdoB) já anunciou a flexibilização de uma série de restrições.

Quebra…
O governador Flávio Dino (PCdoB) declarou, durante pronunciamento semanal sobre o panorama da Covid-19 no Maranhão, que é a favor da suspensão de patentes das vacinas em uso no mundo.

Ele disse que defendeu a posição durante recente reunião de governadores brasileiros com a secretária-geral adjunta da ONU, Amina J. Mohammed.

- Enfatizei que é muito importante avançar no tema da suspensão temporária de patentes. Porque, isto sim, vai permitir a ampliação da fabricação de vacinas no planeta -, revelou Dino.

...ou não quebra?
Na quinta-feira, 6, em depoimento à CPI da Covid, no Senado, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, declarou que essa suspensão de patentes seria prejudicial ao Brasil.

Ao responder questionamentos dos senadores Marcos Rogério (DEM-RO) e Rogério Carvalho (PT-SE) sobre essa possibilidade, o ministro afirmou ser contra a proposta.
Na avaliação de Queiroga, o Brasil não conseguiria produzir vacinas da Pfizer e da Janssen.

DE OLHO

111.700 doses da vacina da AstraZeneca foram entregues pelo Ministério da Saúde ao Maranhão durante a semana; imunizantes serão distribuídos aos municípios.

Visita
O deputado estadual Wellington do Curso (PSDB) enviou ofício ao presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD-MA), solicitando visita da comissão ao Maranhão para apurar aplicação de recursos federais.

A justificativa do parlamentar é que, durante a pandemia, ficou evidente a malversação de recursos por parte do governo estadual, que chegou a pagar R$ 4,9 milhões por respiradores que nunca chegaram.

Ao fundamentar a solicitação, Wellington disse ser essa a única possibilidade para investigar o Executivo estadual.

E MAIS

• O desembargador Ney Bello Filho, do TRF-1, revogou a prisão domiciliar do ex-deputado federal Eduardo Cunha.

• Em entrevista no quadro Bastidores (Bom Dia Mirante), na sexta-feira, o presidente da Associação Nacional dos Desembargadores, Marcelo Buhatem, criticou o excesso de politização da pandemia.

• Os municípios maranhenses haviam aplicado, até o fechamento desta edição, a primeira dose de vacinas contra a Covid-19 em 13,08% da população.

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