Editorial

Glaucoma: uma doença silenciosa

Atualizada em 11/10/2022 às 12h16

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o glaucoma é a segunda maior causa de cegueira no mundo, perdendo apenas para a catarata. Há pelo menos 1,5 milhão de pessoas com a doença no Brasil. No mundo, estima-se que em 2020 havia 80 milhões de pessoas com diagnóstico dessa doença silenciosa. Projeção da Associação Internacional de Prevenção da Cegueira (IAPB, do nome em inglês) indica que o total de pacientes com glaucoma em todo o mundo chegará a 111,8 milhões, em 2.040.

Segundo especialistas, a longevidade e o envelhecimento da população são fatores de risco para o glaucoma. A doença acomete, principalmente, pessoas acima de 40 anos de idade.

A doença provoca a atrofia do nervo óptico, responsável por conectar o olho ao cérebro, interrompendo, assim, a transmissão dos sinais entre esses dois órgãos e levando à cegueira. No geral, a doença ocorre devido ao aumento da pressão intraocular.

Existem fatores de risco que favorecem o aparecimento da doença, como por exemplo: idade avançada, hipertensão ocular, miopia elevada, raça negra e hereditariedade.

Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) informam que a cada ano, surgem mais de 2,4 milhões de novos pessoas com a doença. No início, o glaucoma é assintomático. Por isso, muitas pessoas só conseguem notá-lo quando o problema atinge o seu estado crítico.

Dois sinais podem indicar a presença de glaucoma em uma pessoa: pressão intraocular acima da média e lesões no nervo ótico. Para detectar esses dois sinais é preciso que alguns exames sejam realizados, como tonometria de aplanação, para medição da pressão intraocular; fundo de olho, para avaliar se existe lesão do nervo óptico, provocado por um possível caso avançado de glaucoma; gonioscopia, para classificar o tipo de glaucoma; e campimetria visual, para avaliar se há perda de campo visual.

O tratamento é feito com colírios para baixar a pressão ocular. Quando isso não é mais suficiente é indicado tratamento cirúrgico.

Apesar de essa ser uma doença há muito discutida pela ciência, uma pesquisa realizada pelo Ibope Inteligência a pedido da Upjohn, divisão da farmacêutica Pfizer, mostra o quanto a população é desinformada a respeito da enfermidade. Os dados revelam que de cada 10 brasileiros, quatro não sabem o que é o glaucoma.

Diante desse problema de saúde pública, o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) e a Sociedade Brasileira de Glaucoma (SBG) lançaram dia 3 deste mês a campanha nacional “24 Horas pelo Glaucoma”, cujo objetivo é conscientizar a população sobre a importância do diagnóstico e do tratamento precoces, como parte da programação em comemoração ao Dia Nacional de Combate ao Glaucoma (26 de maio).

No dia 22, será realizada uma maratona nas redes sociais. Segundo a CBO, nesse dia haverá debates sobre uso de medicamentos, regulação, acesso à saúde em função da avaliação do glaucoma, onde conseguir exames, entre outros temas.

Portanto para ajudar no combate ao glaucoma, é importante que a pessoa consulte periodicamente o médico oftalmologista, visto que a doença, na forma mais comum, não tem sintomas percebíveis pelo paciente.

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