Estudo

Quase 20% dos maranhenses foram vítimas de violência física, psicológica ou sexual

Números da última pesquisa Nacional de Saúde do IBGE trazem estimativas sobre a violência no estado

José Linhares Jr / Da Editoria de Política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h16
Números dizem respeito à última pesquisa realizada pelo IBGE em 2019 e servem para fundamentar estimativas atualmente
Números dizem respeito à última pesquisa realizada pelo IBGE em 2019 e servem para fundamentar estimativas atualmente (IBGE)

SÃO LUÍS - A Pesquisa Nacional de Saúde (PNS 2019) teve seus números divulgados nesta sexta-feira (7) pela Unidade Estadual do Instituto Brasileiro de geografia e Estatística do Maranhão revela que 18,5% dos maranhenses maiores de idade já sofreram algum tipo de violência psicológica, física e sexual.

A proporção foi maior entre as mulheres (19,2%) em relação aos homens (17,7%). Os jovens compõem o grupo etário que mais relatou ter sofrido situação de violência. 25,7% das pessoas de 18 a 29 anos relataram ter sofrido situação de violência, seguido pelas pessoas de 30 a 39 (20%), das pessoas de 40 a 59 anos (16,8%). No grupo etário de 60 anos ou mais de idade (8,9%) responderam ter sofrido violência.

A identificação da vítima se deu por meio de perguntas que indicavam situações das quais poderiam ter ocorrido com o informante. Ao responder sim, para pelo menos uma dessas situações, a pessoa era considerada uma vítima. Foram 5 perguntas associadas a agressão psicológica, mais 5 para agressões físicas e 2 para agressões sexuais.

Os números no Maranhão são parecidos com a média nacional. No Brasil, 18,3% das pessoas sofrerem algum tipo de violência. A zona urbana (18,9%) apresentou uma proporção consideravelmente superior em relação a zona rural (14,2%). Os números do país apontam que as mulheres (19,4%) sofrem mais casos de violência em relação aos homens (17%), e quanto mais jovem, maior o percentual de vítimas.

No Maranhão, 17,3% das pessoas afirmaram ter sofrido violência psicológica. Esse número se apresentou próximo da média do Brasil (17,4%). As formas mais comuns deste tipo de violência foram: a) Alguém gritou com ele(a) ou o(a) xingou; e b) Foi ofendido(a), humilhado(a) ou ridicularizado(a) na frente de outras pessoas.

No Brasil, 4,1% das pessoas de 18 anos ou mais de idade haviam sofrido violência físicas. O Maranhão apresentou uma proporção maior com 4,6%. A forma de agressão mais comum era: ser empurrado, segurado com força ou jogarem algo na direção do respondente com a intenção de machucá-lo. A segunda forma mais comum de agressão física foi receber um tapa ou uma bofetada. Ser ameaçado(a) ou ferido(a) com uma faca, arma de fogo ou alguma outra arma ou objeto foi a terceira maior forma de violência física no país.

A PNS 2019 investigou ainda sobre violência sexual. No Maranhão, a proporção de pessoas de 18 anos ou mais de idade que sofreram violência sexual alguma vez na vida foi de 7,7%. No Brasil esse número foi de 5,9%. Os casos de agressão sexual são maiores entres mulheres (8,9%) em relação aos sofridos pelos homens (2,5%). No Maranhão, esses números foram de 10,9% e 4,1%, respectivamente para mulheres e homens.

Segurança no Trânsito

Em 2019, no Maranhão, a proporção de pessoas que sempre fazem uso do cinto de segurança no banco da frente, quando na direção ou carona de automóvel, foi de 57,7%. Esse número deixa o estado na penúltima posição entre todas as Unidades da Federação, superando apenas o Piauí (54,9%).

O uso desse equipamento de proteção é menor nas regiões Norte (69,5%) e Nordeste (69,7%). As demais regiões apresentam números mais elevados, sendo a maior proporção na região Sudeste (85,4%), seguida pela Sul (84,6%) e Centro-Oeste (81,8%). Proporção de pessoas de 18 anos ou mais de idade que sempre usam cinto de segurança quando dirigem ou andam de carro/automóvel no banco da frente.

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