Crítica

Flávio Dino critica Governo Federal por aumento de taxas de juros na pandemia

Governador afirmou que a atual gestão não trabalha por investimentos; ele disse que há um desemprego gigantesco e crise econômica no país

Ronaldo Rocha/Da editoria de Política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h16
Flávio Dino disse que a saída do Governo Federal para uma economia que vai mal foi aumentar juros
Flávio Dino disse que a saída do Governo Federal para uma economia que vai mal foi aumentar juros (Flávio Dino)

O governador Flávio Dino (PCdoB) criticou o Governo Jair Bolsonaro (sem partido) pelo aumento das taxas de juros no país em meio à crise financeira e econômica provocada pela pandemia da Covid-19.
O posicionamento do comunista ocorreu após o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidir elevar a taxa básica de juros da economia, a Selic, de 2,75% para 3,5% ao ano.
“A economia vai mal, com desemprego gigantesco. A saída genial encontrada pelo governo federal: aumento da taxa de juros. Investimentos? Não faz parte do dicionário dessa gente”, escreveu Dino em seu perfil em rede social.
No mês de março, quando o Copom sinalizava para a elevação das taxas, Dino já havia se manifestado.
“[...] Com uma economia em recessão, aumentar a taxa de juros pode aprofundar o desastre social já configurado”, disse, na ocasião.
Ele também apontou “falta de gestão” do adversário político em meio à pandemia. “Só haverá solução para os problemas econômicos se Bolsonaro deixar de ser aliado do coronavírus”, completou.
Aumento
O Copom explicou em comunicado que o aumento nos juros se deve à inflação de alimentos e bens industriais. Além disso, o Copom avaliou que o avanço da vacinação contra a Covid-19 deve impulsionar a recuperação da atividade econômica no Brasil ao longo do ano.
Para o comitê, o ritmo de crescimento da economia brasileira, contudo, é incerto. "Mas aos poucos [o nível de incerteza] deve ir retornando à normalidade", destaca o Copom.
Este foi o segundo aumento seguido da Selic. Em março, o Copom elevou a taxa de 2% para 2,75% ao ano, aumento além do esperado à época pelo mercado financeiro. Os analistas das instituições financeiras estimam que a taxa subirá mais nos próximos meses, atingindo 5,5% no fim de 2021, e 6,25% no fim de 2022.

Decisão
O Copom explicou que para chegar aos valores, precisa antes disso fixar a taxa básica de juros com base no sistema de metas de inflação, implantadas pelo Conselho Monetário Nacional. Para 2021, a meta central é de 3,75%. Pelo sistema, a meta será considerada cumprida se ficar entre 2,25% e 5,25% em 2021.
Para o ano que vem, a meta central de inflação é de 3,50% e será oficialmente cumprida se o índice oscilar de 2% a 5%. Para este ano e para 2022, respectivamente, o mercado financeiro estima um IPCA de 5,04% e de 3,61%, respectivamente.

A economia vai mal, com desemprego gigantesco. A saída genial encontrada pelo governo federal: aumento da taxa de juros. Investimentos?”Flávio Dino, governador do MA

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