Estado Maior

Clima mais quente

Atualizada em 11/10/2022 às 12h16

O ex-governador Zé Reinaldo Tavares (PSDB) decidiu aumentar o tom em relação à disputa interna no grupo do governador Flávio Dino (PCdoB) pelo direito de ser candidato ao Palácio dos Leões em 2022. Segundo Tavares, quem “não rezar na cartilha” do comunista ficará de fora do grupo.

O que o ex-governador não disse – e nem tem como dizer, somente torcer, desejar – é que a “cartilha” que serve para os aliados do senador Weverton Rocha (PDT) também servirá para os que apoiam o vice-governador Carlos Brandão (PSDB).

As falas de claro apoio de Tavares a Brandão é mais um capítulo da disputa entre o vice-governador e o senador pedetista que parecia ter tido uma trégua, mas voltou a esquentar, pelo menos, nas duas últimas semanas.

Aquela história de que as pesquisas decidirão o nome do grupo de Dino serviu somente para deixar o clima mais acirrado entre os dois postulantes a governador.

Até julho, quando as conversas ficarão mais constantes e a busca por aliados ainda maior, a temperatura interna dos que estão no campo de apoio do governo Dino vai aumentar ainda mais.

Estranho
O que soou estranho na entrevista do ex-governador Zé Reinaldo ao quadro Bastidores, da TV Mirante, foi a ênfase que ele deu à força da caneta de quem ocupa a cadeira de governador.

Ele disse que Carlos Brandão, como governador – a partir de abril do próximo ano – terá força, poderá inaugurar obras.

Fica estranho, porque se Brandão usar isso para fins eleitorais não estará dentro do que prevê a legislação.

Não muda
O senador Roberto Rocha (sem partido), presidente da comissão mista especial de análise da reforma tributária, garante que ato de Arthur Lira (PP) não mexe com o trabalho da comissão.

Segundo ele postou nas redes sociais, o fato de Lira ter extinguido a comissão na Câmara dos Deputados que analisava a reforma, em nada mudará no trabalho da comissão mista.

Pelo cronograma, os parlamentares têm até hoje para apresentar sugestões para o relatório da reforma tributária, cuja versão final será apresentada na segunda-feira, 10.

Não comparecem
Dos três senadores maranhenses, somente Elizane Gama (Cidadania) vem acompanhando a CPI da Covid.

Weverton Rocha apareceu somente na sessão de abertura. Já o senador Roberto Rocha, prefere ficar de fora das sessões e criticar a cada passo da CPI.

Vale lembrar que nenhum dos senadores maranhenses é membro da comissão que investiga as ações de enfrentamento da Covid-19 pelo Governo Federal, pelos estados e pelos municípios.

Visita
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) esteve ontem com o também ex-presidente do Brasil e do Senado, José Sarney (MDB).

A foto dos dois - que já receberam as duas doses da vacina - foi postada no perfil do petista. Na postagem, Lula apenas disse que fez a visita ao emedebista.

Sobre o que foi tratado entre os dois ex-presidentes, nada foi dito. Mas não é muito difícil de se imaginar os assuntos.

Aliança
Lula voltou à Brasília esta semana para se reunir com várias lideranças nacionais. A visita a José Sarney já estava prevista.

Na pauta, as conversas sobre a volta da aliança do PT com o MDB, assunto, por sinal, tratado por Lula com seus companheiros de partido também nesta semana.

O ex-presidente aposta na força de José Sarney para articular a volta da aliança entre as duas legendas. Aliança esta que foi abalada após impechment da presidente Dilma Rousseff em 2015.

DE OLHO

7.473 maranhenses já morreram devido à Covid-19 desde abril de 2020. Em 24 horas, foram 35 novos óbitos.

Bolsonaro
Antes de Lula, José Sarney recebeu a visita do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido).

O motivo da visita foi uma cortesia do presidente pelo aniversário de Sarney, ocorrido em 24 de abril.

Mas há quem diga que Bolsonaro foi tentar junto ao ex-presidente acalmar o senador Renan Calheiros e sua caneta na relatoria da CPI da Pandemia no Senado.

E MAIS

• O fato é que o ex-presidente Sarney mostra a força política por meio do diálogo. Ele conseguiu, em uma semana, receber os dois políticos que hoje polarizam a cena pré-eleitoral.

• O governador Flávio Dino voltou a criticar o Governo Federal. Desta vez foi pela alta dos juros anunciado pelo Banco Central.

• Segundo o governador, a economia vai mal e a taxa de desemprego é alta e a última solução que o governo Bolsonaro deveria tomar era de deixar os juros mais altos.

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