Opinião

Novos ares para a base de Alcântara

Atualizada em 11/10/2022 às 12h16

O Centro Espacial de Alcântara (CEA) tornou-se foco de atenções no Brasil e no exterior com o início da exploração comercial de suas instalações. Após selecionar quatro empresas estrangeiras para operar na base e com a perspectiva de atrair outras companhias com o mesmo interesse, o Governo Federal projeta impactos altamente positivos para o programa espacial brasileiro com a abertura do CEA para o mundo.

No último dia 29, a Força Aérea Brasileira (FAB) e a Agência Espacial Brasileira (AEB) anunciaram o resultado do edital de chamamento público para selecionar empresas com interesse em realizar operações de lançamento de veículos espaciais não militares a partir da base de Alcântara. Três companhias dos Estados Unidos e uma do Canadá foram escolhidas e poderão operar em diferentes espaços na área militar. São eles a plataforma do Veículo Lançador de Satélites (VLS), o lançador suborbital, a área do perfilador - outro ponto de lançamento e o aeroporto de Alcântara, que faz parte da base.

Com certeza, o uso dessas instalações dará ao CEA a tão esperada utilidade, após quase quatro décadas de expectativa, com desenvolvimento de projetos aquém do potencial exploratório da base e até uma tragédia: a explosão da plataforma de lançamento do foguete VLS, em agosto de 2003, que matou 21 técnicos altamente especializados em engenharia aeroespacial e áreas afins, resultando em significativo atraso no programa espacial brasileiro.

Como bem frisou o presidente Jair Bolsonaro, após o anúncio das empresas selecionadas, a operacionalização da Base de Alcântara traz impactos positivos não só para as pretensões do Brasil no mercado aeroespacial, mas também para o avanço tecnológico, empregos, progresso em toda a região e fomento para estudos nacionais.

Em meio ao clima de otimismo, vale destacar a contribuição de parte da bancada do Maranhão no Congresso Nacional para a concretização do plano. Atuaram incansavelmente em prol desse objetivo o senador Roberto Rocha (PSDB), que chegou a acompanhar Jair Bolsonaro em visita a Alcântara, em fevereiro deste ano; e os deputados federais Aluísio Mendes (PSC) e Hildo Rocha (MDB), citados nominalmente, em recente entrevista à rádio Jovem Pan, de São Paulo, pelo colega de parlamento Eduardo Bolsonaro, ex-presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara Federal, por lutarem de forma aguerrida pela aprovação do Acordo de Salvaguardas Tecnológicas firmado entre Brasil e Estados Unidos em 2019.

Por estar localizado no Maranhão, o CEA tem tudo para ser um importante vetor de desenvolvimento da economia do estado, oportunizando múltiplos benefícios, desde o incentivo à qualificação de mão de obra altamente especializada, à geração de emprego e renda e até mesmo e a formação de um novo ambiente turístico, tendo em vista o aumento da circulação de pessoas de outras nacionalidades na região. As projeções são as melhores possíveis e da forma como está sendo conduzido o projeto, são reais as chances de os maranhenses entrarem em uma era próspera, jamais experimentada.

Um segundo edital, lançado em meados do mês passado, selecionará outras empresas para atuar na área 4 da base de Alcântara. A julgar pela celeridade que marcou a primeira chamada pública, a tendência é que em breve mais companhias venham se juntar ao plano de exploração comercial do centro de lançamento. Desta vez, não se trata de um sonho, de mera aspiração, mas sim da realidade se materializando a olhos vistos e para o bem de todos.

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