Perdas

Com pandemia, alguns setores sofrem com impacto negativo

Somente o setor de varejo de roupas teve uma perda de 190 postos de trabalho e, segundo a Fecomércio, o mercado de trabalho formal na capital chegou a empregar 2.775 pessoas nestes últimos 10 meses

Atualizada em 11/10/2022 às 12h16
Setor de vestuário teve cortes nos postos de trabalho com pandemia
Setor de vestuário teve cortes nos postos de trabalho com pandemia (loja roupas)

São Luís - A pandemia da Covid-19 e suas medidas de contenção, como isolamento social, as restrições sanitárias e paralisação de atividades comerciais, acabaram afetando a economia no mundo todo. Na Grande Ilha não foi diferente. Dados da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Maranhão (Fecomércio-MA) mostraram que os setores de vestuário, calçados e concessionárias de veículos foram os que mais sofreram impactos no decorrer do período pandêmico.

Segundo a Fecomércio-MA, somente no varejo de vestuário houve a perda de 190 postos de trabalho na capital, enquanto no ramo de calçados e de concessionárias de veículos foram 260 postos fechados. Também houve queda no trabalho dos setores de lojas de móveis, um total de 100; e 51 no ramo de livrarias e papelarias.

A Fecomércio-MA também informou que, mesmo no período de pandemia, o mercado de trabalho formal em São Luís, ligado ao comércio, conseguiu empregar 2.775 pessoas com carteira assinada. Deste total, foram criadas 1.640 vagas exclusivamente no setor varejista de gênero alimentícios (minimercados, mercearias, supermercados e hipermercados) e 355 postos de trabalho no segmento de produtos farmacêuticos, perfumaria e cosméticos.

Conforme o superintendente da Fecomércio-MA, Max de Medeiros, o setor de gêneros alimentícios foi impactado positivamente pela entrada de recursos de transferências federais do Auxílio Emergencial ao longo do ano passado. “Esse setor é considerado atividade essencial, manteve na linha de frente do enfrentamento da crise sanitária e supriu a sociedade de produtos básicos para que as pessoas ficassem em casa”, frisou Max de Medeiros.

Ele também disse que durante o período de pandemia foram criados novos postos de trabalho do segmento alimentício para atender a grande demanda, enquanto, os ramos de vestuário e calçados houve queda. “Vestuário e calçados ainda enfrentam um caminho longo e lento de recuperação econômica. Dado que a renda das famílias está comprometida e direcionada para a subsistência básica, ou seja, alimentos e medicamentos”, explicou o superintendente da Fecomércio-MA.

Portas fechadas
A classe empresarial do ramo de bares e restaurantes na Grande Ilha também teve muitas perdas financeiras com o período pandêmico. De acordo com a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes do Maranhão (Abrasel-MA), atualmente 500 bares e restaurantes na Grande Ilha são reconhecidos pela entidade.

No dia 15 de março deste ano, o Governo, por meio do Decreto nº 36.601, vedou o funcionamento de bares, restaurantes, praças de alimentação e similares, localizados na Ilha, como sendo um das formas de conter a proliferação da Covid-19.

Segundo a Abrasel-MA, devido ao fechamento desses estabelecimentos comerciais, pelo menos, 40% dos empresários do segmento na Grande Ilha foram obrigados a efetuar desligamentos de funcionários de seus quadros. As perdas a médio e longo prazos no setor, de 600 a 800 pessoas perderam os empregos somente na capital.

Além dos empreendedores obrigados a demitir, outros empresários – para manter pessoas de grupos de risco afastadas ou para reduzir despesas voltadas ao vestuário, transporte e alimentação de funcionários -, deram férias aos colaboradores, o que também contribuiu para a queda na produção de força de trabalho.

O Governo do Maranhão ofertou o auxílio emergencial a donos de bares e restaurantes, como forma de compensação pelos dias sem funcionamento dos estabelecimentos. No entanto, a medida agradou parcialmente os empresários e o valor do benefício foi de R$ 1 mil.

SAIBA MAIS

Setores que mais perderam postos de trabalho durante o período pandêmico

Vestuário: 190 postos
Calçados: 130 postos
Concessionária de veículos: 130 postos
Lojas de móveis: 100 postos
Livrarias e papelarias: 51 postos

Número

2.775 empregos com carteira assassinada foram criados no comércio da capital durante o período pandêmico

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