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Infectologista alerta para riscos da flexibilização sem avanço na vacinação contra Covid-19

Segundo o médico Matheus Todt, da S.O.S. Vida, país corre risco de uma terceira onda de casos da doença e de chegar à marca de 500 mil mortos nos próximos meses

Atualizada em 11/10/2022 às 12h16
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Salvador - O Brasil alcançou a lamentável marca de mais de 400 mil óbitos por Covid-19, com média móvel de mais 2.000 mortes/dia. A notícia dividiu manchetes com assuntos como volta às aulas presenciais, abertura das praias e a falta de vacinas em diversas cidades.

Diante desse cenário, o infectologista da S.O.S. Vida, Matheus Todt, alerta para a possibilidade de uma nova onda de crescimento dos casos da doença e das hospitalizações. “A vacinação caminha a passos lentos, com menos de 8% da população efetivamente imunizada com duas doses. Na outra ponta, a maioria dos estados brasileiros ainda está com taxa de ocupação de leitos de UTI em nível crítico ou em colapso. A situação atual não é nada animadora, e uma provável 3ª onda de casos começa a despontar”, preocupa-se o médico.

Para ele, enquanto a vacinação não é expressiva e não chega a impactar no controle da pandemia – o que deve ocorrer quando cerca de 70% dos grupos de riscos tiverem recebido a segunda dose – as medidas de restrição de circulação ainda são a melhor alternativa para se distanciar do colapso no sistema de saúde.

“Medidas para assegurar o distanciamento social são extremamente importantes. Ao contrário do que alguns falam, são medidas cientificamente comprovadas, que têm impacto real na velocidade de adoecimento e, consequentemente, na sobrecarga do sistema de saúde” explica Matheus. “É surpreendente que diante desse panorama sombrio a maioria dos governos inicie uma nova tentativa de flexibilização. Infelizmente estamos mais próximo da triste marca de meio milhão de mortes pela pandemia do que imaginamos”, completa.

O infectologista também salienta a importância da colaboração da população, fundamental para que o resultado de evitar o colapso do sistema de saúde seja possível.

“Se não houver adoção de medidas e contribuição por parte da população, vamos entrar em um colapso pleno, ou seja, qualquer pessoa que precisar de um hospital não vai conseguir, seja ela Covid, seja qualquer outra situação”, adverte.

Cuidados
Matheus Todt enfatiza ainda que as pessoas devem dar sequência aos cuidados já amplamente recomendados para evitar o contágio pelo coronavírus: uso da máscara de forma adequada – ou seja, cobrindo o nariz e a boca – higiene constante das mãos e distanciamento.

“Além disso, para os grupos que já tem a grande sorte de ter a vacina disponível, é preciso se vacinar quanto antes. Não há vacina ruim, há vacina disponível. Aderência às medidas que a gente já conhece e a vacinação, vão ser as únicas medidas que vão nos tirar dessa pandemia que tem ceifado tantas vidas”, conclui o especialista.

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