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São Luís registra mais mortes do que nascimentos pela 2ª vez na história

Dados de abril do Portal da Transparência do Registro Civil apontam fenômeno na capital maranhense, que registra mais óbitos do que nascidos pela segunda vez na história.

Atualizada em 11/10/2022 às 12h16
Nascimentos foram menores do que as mortes em abril, em São Luís
Nascimentos foram menores do que as mortes em abril, em São Luís (recém-nascido)

São Luís - Pelo segundo mês desde que se iniciou a pandemia da Covid-19, São Luís registrará um mês com mais óbitos do que nascimentos. Com cerca de 1 milhão de habitantes, a cidade teve até esta sexta-feira (30) 632 óbitos e 581 nascimentos, diferença de 51 óbitos a mais do que nascidos vivos, registrando o segundo mês com decréscimo populacional de sua história. A primeira vez havia ocorrido em maio de 2020, quando foram registrados 1072 óbitos e 1034 nascimentos.

Os dados preliminares, uma vez que registros de abril ainda podem ser lançados, constam no Portal da Transparência do Registro Civil, base de dados abastecida em tempo real pelos atos de nascimentos, casamentos e óbitos praticados pelos Cartórios de Registro Civil do País, administrada pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), cruzados com os dados históricos do estudo Estatísticas do Registro Civil, promovido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base nos dados dos próprios cartórios brasileiros.

"Percebemos, com estes números, que os picos elevados e as variantes do novo coronavírus impacta profundamente as famílias maranhenses. E a capacidade do Portal da Transparência do Registro Civil trazer esses números em tempo real para nós é bem importante para assim sabermos as medidas que nosso estado deve tomar e incentivar a vacinação em massa na região", diz o Presidente da Arpen/MA, Devanir Garcia

A queda na diferença entre os nascimentos e os óbitos na capital vinha ocorrendo de forma gradual ao longo dos anos, mas se acentuou de forma contundente com a pandemia da COVID-19. Em janeiro de 2020, esta diferença era de 1.104 registros de nascimentos a mais. Em maio do ano passado, caiu para 38, e em abril, deste ano, São Luís vivenciou o segundo mês com mais óbitos que nascimentos e o recorde negativo em sua história, com 51 óbitos a mais do que nascidos vivos.

Brasil
No País, a região Sudeste, com cerca de 85 milhões de habitantes tem até esta sexta-feira (30.04) 81.525 óbitos e 76.508 nascimentos, realidade que se repete em três dos quatro Estados que compõe a região: São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, sendo que os dois primeiros registram também o primeiro mês com maior número de mortes do que de nascidos em seus territórios na série histórica.

Além do Sudeste e dos três Estados com mais óbitos do que nascidos na região, o Rio Grande do Sul também registrou um maior número de mortes do que nascimentos em abril. Entre as capitais brasileiras, nove viram os óbitos superarem o número de nascidos vivos, sendo que em quatro delas isso ocorre pela primeira vez desde o início da série história, em 2003: São Paulo (SP), Curitiba (PR), São Luís (MA) e Vitória (ES). As outras cinco, Rio de Janeiro (RJ), Porto Alegre (RS), Fortaleza (CE), Recife (PE) e Belo Horizonte (MG), já haviam registrado este fenômeno em meses anteriores.

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