CPI da Pandemia

Ao vivo: Senado abre CPI e elegerá presidente e relator

O mais provável é que Omar Aziz seja o presidente, Rodrigo Randolfe o vice-presidente e o relator Renan Calheiros, apesar da decisão judicial

Atualizada em 11/10/2022 às 12h16
Senado Otto Alencar abriu primeira sessão da CPI da Pandemia
Senado Otto Alencar abriu primeira sessão da CPI da Pandemia (CPI da Pandemia)

Brasília - O Senado abriu às 10h desta terça-feira, 27, a reunião destinada à instalação da CPI da Covid, Comissão Parlamentar de Inquérito responsável por apurar ações e omissões do governo federal e eventuais desvios de verbas federais enviadas aos estados para o enfrentamento da pandemia.

Na primeira reunião, os parlamentares devem eleger o presidente e o vice-presidente da CPI. Em seguida, será escolhido o relator. Há um acordo entre a maioria dos parlamentares para que a composição seja a seguinte: presidente: Omar Aziz (PSD-AM), vice-presidente: Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e relator: Renan Calheiros (MDB-AL).

Na noite desta segunda, 26, porém, a Justiça Federal em Brasília concedeu uma liminar (decisão provisória) e, atendendo a um pedido da deputada bolsonarista Carla Zambelli (PSL-SP), suspendeu a eventual escolha de Renan para relator. A Mesa do Senado recorreu.

Omar Aziz disse que, se eleito presidente, indicará Renan Calheiros para a função "e ponto". Aliados do Planalto avaliam que o movimento de Zambelli foi um erro político e pode acirrar os ânimos na CPI.

Paralelamente, o senador Eduardo Girão (Podemos-CE) corre por fora e também quer entrar no páreo pela presidência.

A sessão

Assim que a reunião foi aberta, o senador Ciro Nogueira (PP-PI) tentou suspender a sessão. Aliado do governo, afirmou haver "vício insuperado" porque há titulares da CPI participando em outras comissões parlamentares de inquérito. O senador Otto Alencar (PSD-BA), que abriu a reunião, não aceitou o pedido, mas decidiu o levar o tema a votação pelo plenário da CPI.

Em seguida, Jorginho Mello (PL-SC), outro aliado governista, também apresentou questionamento. Disse haver impedimento de Renan Calheiros na relatoria por possível conflito de interesse. O governador de Alagoas, Renan Filho (MDB), é filho de Renan Calheiros. O senador, por sua vez, já disse que não votará temas ligados ao estado.

Início dos trabalhos

Em negociações prévias, senadores que compõem a CPI querem iniciar os trabalhos apurando o processo de aquisição de vacinas contra o coronavírus.

Estão na mira, principalmente, as negociações com a farmacêutica Pfizer, que em agosto do ano passado ofereceu ao governo brasileiro 70 milhões de doses da vacina com previsão de entrega ainda em dezembro daquele ano. A oferta, porém, foi recusada.

Em entrevista à revista "Veja", o ex-secretário de Comunicação Social Fabio Wajngarten creditou o atraso do governo na aquisição de vacinas à "incompetência" e "ineficiência" do Ministério da Saúde, à época comandado pelo general Eduardo Pazuello.

Membros da CPI trabalham para convocar Wajngarten e Pazuello como uma das ações iniciais da comissão. Uma acareação entre os dois auxiliares do governo Bolsonaro também é estudada.

Em outra frente, há um esforço para avaliar se houve a adoção de medidas preventivas, como o uso de máscara e o distanciamento social, e a compra e divulgação de modelos de tratamento cuja ineficácia contra a Covid foi comprovada, como a cloroquina.

Devem ser convocados os três ex-ministros da Saúde – além de Pazuello, Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich – e o atual, Marcelo Queiroga.

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