São Luís - A morte do repórter de O Estado e blogueiro, Aldenísio Décio Leite de Sá, o Décio Sá, completou nove anos nesta sexta-feira, 23, e até o momento apenas duas pessoas foram julgadas e condenadas pelo crime, enquanto os demais envolvidos ainda não sentaram no banco dos réus do Fórum Desembargador Sarney Costa, no Calhau. O crime ocorreu em 2012, na avenida Litorânea.

Entre os já condenados estão o assassino confesso do jornalista, Jhonatan de Souza Silva, e Marcos Bruno de Oliveira, responsável por dar fuga ao assassino em uma motocicleta, logo após o homicídio. Outros três envolvidos no crime aguardam julgamento em liberdade. Dentre eles estão Gláucio Alencar e seu pai, José de Alencar Miranda, apontados no processo como os mandantes do crime.

Além deles há José Raimundo Sales Chaves Júnior, o “Júnior Bolinha”, que foi denunciado como a pessoa encarregada de intermediar com o pistoleiro Jhonatan, acomodá-lo em uma residência no Parque do Nobres, e efetuar o pagamento pelas empreitadas de morte de Fábio Brasil, ocorrida na capital piauiense, e de Décio Sá. O processo tramitando na 1º Vara do Tribunal do Júri de São Luís.

Crime
Décio Sá foi morto a tiros na noite de 23 de abril de 2012, quando estava em sozinho em um restaurante na Avenida Litorânea. As investigações da Polícia Civil apontaram que a motivação do crime foi o jornalista ter denunciado casos de agiotagem no Maranhão, envolvendo os supostos mandantes.

Os denunciados por Décio faziam parte de uma quadrilha que emprestava dinheiro a juros para prefeitos, nas campanhas eleitorais, e depois os políticos usavam dinheiro público para pagar os agiotas. Jhonatan relatou para a polícia que o grupo teria encomendado o crime por R$ 100 mil, mas o valor não foi pago integralmente. Por conta disso, ele voltou a São Luís para cobrar a dívida.

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